Pedalando pelo GR28

A serra a arder perto do Merujal, 07 de Agosto de 2010.

Serra do Gerês

Caminhando entre Garranos, de 07 a 08 de Maio de 2005.

Serra de São Macário

Escalada na Pena, 15 de Setembro de 2013.

Serra da Estrela

I Travessia em autonomia total - Guarda - Loriga, de 12 a 16 de Abril de 2004.

Linha do Dão - Ponte de Nagoselas

Travessia BTT pelas Linhas do Dão e Vouga, de 09 a 11 de Abril de 2009.

Caminhos de Santiago

Travessia do Rio Lires no Caminho de Finisterra, de 29 a 31 de Julho de 2010.

Serra de Montemuro

Nas Minas de Moimenta, 29 de Janeiro de 2011.

Linha do Corgo - Ponte do Tanha

Travessia da Linha do Corgo, de 06 a 10 de Outubro de 2013.

Serra do Caramulo

Nas neves do Caramulo com vista para a Serra da Estrela, 04 de Dezembro de 2010.

Aldeias Históricas

De BTT em autonomia total pelo GR22, de 28 de Abril a 01 de Maio de 2006.

Serra da Arada - De Regoufe a Drave

14/04/2018

Serra da Freita - Trilho das Levadas


Hoje, eu e o Francisco resolvemos ir espreitar o novo percurso da Serra da Freita. O "PR11 - Trilho das Levadas" é um percurso que estava previsto ser inaugurado no dia 8 de Abril mas que pelos vistos, devido a condições atmosféricas, alterou a data mais para o fim deste mês.

O percurso começa em Mansores, junto à capela local e durante a parte inicial do mesmo segue ao longo de diversas levadas de água.

O ponto alto de todo o percurso é a passagem junto aos Moinhos da Barrosa, onde as águas da ribeira se precipitam em diversas cascatas. Era assim que noutros tempos faziam funcionar os diversos engenhos dos moinhos, alguns actualmente em completa ruína, que por lá abundam.

O local é de grande beleza e nem que fosse só por este pedaço de paraíso o passeio já valia a pena.

Após subirmos à estrada é possível visitar o calvário, situado a pouco mais de uma centena de metros fora do percurso.

Depois o percurso torna-se menos interessante até chegarmos à povoação de Mata onde voltamos a seguir uma levada de água que nos levou a outro ponto de grande beleza. Nele pudemos observar mais uma queda de água e um velho moinho.

Atravessámos depois os campos, normalmente sempre junto a levadas de água, até regressarmos novamente a Mansores.

Este percurso dá uma visão diferente da Serra da Freita, onde a serra dá origem a campos e a inúmeras linhas de água. 

Não sendo dos melhores trilhos da serra merece, sem dúvida, ser percorrido e apreciado.

Alberto Calé

As Fotos 

Moinhos da Barrosa
 

Moinho e quedas de água em Mata

08/04/2018

Ficha Técnica: Trilho da Pombeira (Serra de Montemuro)


Publicamos uma nova Ficha Técnica da Serra de Montemuro.

O "Trilho da Pombeira" percorre trilhos de Castro Daire, com bonitas paisagens, características desta serra, e o património de lugares como Lamelas de Lá, Lamelas de Cá e Codeçais.

O Rio Vidoeiro e as suas poldras, o Rio Pombeiro e a Cascata e Moinhos da Pombeira, lugares de grande beleza, são os pontos altos deste percurso.

Desvendamos assim mais um pouco desta bonita serra onde, certamente, teremos muito ainda a descobrir.

27/03/2018

Serra da Freita - Pelo planalto da serra

 

Este Domingo um grupo alargado de amigos composto por:  Pina Jorge,  Jéssica, Paula, Amaral, Zé, DJ, Zé Figueiredo e eu (Francisco) decidiu percorrer alguns trilhos da Serra da Freita.

Apesar de no dia anterior as condições atmosféricas terem sido bastante desfavoráveis, havia a esperança que melhorassem durante o Domingo e, por isso, lá nos deslocámos para a serra.

Parte do grupo encontrou-se no café do Parque de Campismo do Merujal.

O tempo apesar de ameaçador, não foi suficiente para desmotivar o grupo. Assim, iniciámos o percurso e seguimos na direcção de Albergaria da Serra, onde subimos pela estrada que passa na antiga escola. Depois aproximámo-nos do ribeiro que leva à levada que segue na direcção do Rio Caima e de novo à aldeia.

Continuámos pelo trilho do percurso "PR15", pela margem esquerda do Rio Caima, onde apreciámos a beleza da paisagem, já bem conhecida de alguns de nós.

Atravessámos a ponte, comemos qualquer coisa, e seguimos em direcção às Pedras Boroas para tirar a foto de grupo.

Daí regressámos à estrada em direcção a Cabaços onde, por sugestão do DJ, em vez de passarmos pela povoação seguimos pelo percurso "PR7", junto ao afloramento de quartzo.

Algumas passagens mais técnicas, passando pelas vias de escalada de Cabaços, levaram-nos à Frecha da Mizarela.

Espreitámos o miradouro de fugida, pois fazia muito frio, e  seguimos depois para o Parque de Campismo, onde se encontravam os carros.

Aí estavam o Bruno e a Olga que se juntaram a nós apenas para o almoço.

Acabou por ser uma actividade com alguma improvisação mas interessante. Acabou no "Nino da Freita" para a merecida recuperação.

Francisco Soares

24/03/2018

Serras de Portugal - Serra do Arestal



A Serra do Arestal, uma das Serras que constitui o Maciço da Gralheira, está inserida nos concelhos de Sever do Vouga, Vale de Cambra e, em menor escala, no de Albergaria-a-Velha, e orienta-se no sentido Nordeste-Sudoeste, considerado contraforte da Serra da Arada. Com 20 km de extensão, atinge a altura máxima à cota de 869 metros acima do nível do mar.

É delimitada a Norte e Oeste pelo Rio Caima e a Este pelo Rio Teixeira, ambos importantes afluentes do Vouga. A Serra da Arada delimita-a a Nordeste através de uma falha de escarpa, no sentido Noroeste-Sueste.

É constituída por grandes planaltos nas zonas mais elevadas, descendo de forma suave a Este, irrompendo pequenos cabeços das várias plataformas.

Genericamente, as vertentes Norte, Sul e Oeste são mais acentuadas e descem abruptamente para os rios Vouga, Teixeira e Caima, dando origem a vales profundos e encaixados.

Nesta serra, onde existem importantes vestígios megalíticos, avistam-se paisagens deslumbrantes que incluem o litoral, de Espinho até à Serra da Boa Viagem, e o interior montanhoso, da Serra de Montemuro até à Serra da Estrela.

Desta serra avista-se a Ria de Aveiro e as aldeias que se escondem nas cabeceiras do Rio Bom.

Mineralogicamente, o subsolo é rico em cobre, chumbo, estanho e volfrâmio. O complexo mineiro do Braçal, que inclui as minas do Braçal, Malhada e Coval da Mó, permitiu a exploração de um dos maiores jazigos mineiros da região de Aveiro.

Nas culturas cerealíferas encontradas nos planaltos superiores e nas chãs das vertentes predominam o milho e o centeio. O milho, a vinha, a oliveira e a laranjeira predominam nas zonas abrigadas das encostas.

A fauna do Arestal é, predominantemente, constituída por gado bovino, ovino e caprino, sendo essenciais como recurso alimentar para a população da região.

O clima é temperado marítimo, progressivamente mais rigoroso nas zonas de maior altitude. Salienta-se a existência de numerosas cascatas envolvidas por uma vegetação luxuriante, as enigmáticas gravuras de arte rupestre atlântica e os notáveis monumentos megalíticos que testemunham a ancestral ocupação humana deste território.

Quanto ao património religioso, a igreja e cruzeiro de Rôge, são, provavelmente, os monumentos mais populares da região.

25/02/2018

Serra de Montemuro: Trilho da Pombeira

Ontem eu, o Francisco, o Cardoso, o Dj e o Figueiredo fomos até Lamelas (Castro Daire) para fazer o Trilho da Pombeira.

Situado na Serra de Montemuro, serra que julgamos ter muito ainda a explorar e conhecer, temos, provavelmente, por motivos de acessibilidade, deixado fora das nossas escolhas.

Iniciámos a actividade junto à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Lamelas de Cá e seguindo as marcações chegámos e atravessámos parte da povoação de Lamelas de Lá até chegarmos a um miradouro sobre a Cascata da Pombeira. 

Deste ponto também foi possível observar algumas aldeias dispersas pela serra, entre as quais uma que se situa sobre a cascata e junto à qual passaríamos mais tarde, a localidade de Codeçais.

Iniciámos depois uma subida à serra tendo como vista a Sul das Serras de São Macário, Arada e Freita e a Noroeste a de Montemuro e a povoação de Codeçais. 

A passagem junto ao Rio Vidoeiro trouxe a alegria do ruído da água a correr e a beleza das suas margens. O momento alto no rio é a passagem pelas "Poldras do meio", rochas posicionadas no leito do rio que permitem a  sua travessia. 

Por trilhos antigos e empedrados, onde as marcas dos rodados dos antigos carros de bois se encontram gravadas nas pedras, chegámos a um cruzeiro junto à estrada que leva a Codeçais.

Por trilhos entre campos lavrados chegou-se à entrada de Codeçais. Infelizmente o trilho não entra na povoação, o que penso que poderia ser interessante.

Descemos à barragem de Codeçais que forma uma albufeira. Penso que é a partir daqui que o Rio Vidoeiro se passa a chamar Rio Pombeiro. 
Acompanha-se o rio durante um bocado, podendo ver-se as ruínas de alguns moinhos enquanto se segue na direcção de Lamelas de Lá.

Antes de chegar à povoação seguimos por um trilho de pé posto para visitarmos a Cascata e os Moinhos da Pombeira.

O trilho com cerca de 600 metros tem uma excelente panorâmica sobre o vale do Rio Pombeiro. Na fase final é possível ver os moinhos, agora em ruínas, e a cascata. As águas do Rio Pombeiro lançam-se pelo leito acidentado da cascata em diversas quedas de belo efeito.

A visita a este ponto é obrigatória e de grande beleza.

Regressámos depois pelo mesmo caminho até à Povoação de Lamelas de Lá, a qual atravessámos, e depois pela povoação de Lamelas de Cá até chegarmos à igreja onde começámos o percurso.

O dia esteve magnífico e o percurso foi do agrado de todos, com momentos de grande beleza paisagística e natural. Aconselha-se.

Alberto Calé


28/01/2018

Pelas serras da Freita e Arada




Ontem decidimos percorrer os trilhos daquela que foi a "nossa" segunda etapa do GR28.

O dia estava limpo mas algo fresco quando eu, o Francisco, o Cardoso e o Figueiredo  iniciámos a caminhada em Tebilhão. 

Seguimos na direcção de Cabreiros, descendo à linha de água que separa as duas povoações e rapidamente verificámos, durante a subida a Cabreiros, que a forma física não está pelo melhor. Mesmo a passagem por dentro da povoação, a caminho da estrada principal, é sempre em subida.

Na estrada dirigimo-nos na direcção do Candal. Ao chegar à povoação iniciámos a longa e íngreme subida ao parque eólico das Chãs. O trilho empedrado, de grande beleza, tem uma vista fabulosa sobre as Serras da Freita, Arada, São Macário e Montemuro.

Durante a longa subida é possível apercebermo-nos do desnível superado, uma vez que a povoação do Candal vai ficando cada vez mais pequenina, lá no fundo do vale. Por sua vez, a povoação da Póvoa das Leiras, vai ficando cada vez mais perto e à nossa altitude e, depois, também ela vai ficando abaixo de nós.

Finalmente chegámos ao parque eólico já com as pernas a tremer do esforço.

Atravessámos o parque e seguimos na direcção das Minas das Chãs. 

Chegados ao antigo complexo mineiro pudemos observar que as galerias foram seladas e colocados avisos de perigo. Com a instalação do parque eólico sobre as antigas mineiras e com os explosivos usados durante essa mesma instalação, é bem possível que as galerias tenham cedido ou estejam instáveis.

Descemos depois até à povoação de Cabreiros e daí regressámos a Tebilhão por um velho trilho não marcado que segue uma antiga levada, agora um pouco coberta pelo mato na parte inicial do trilho (esta parte do percurso pertence à nossa versão do "Caminho do Carteiro" na Serra da Freita). 

Na passagem pelas linhas de água, lugar de grande beleza, podem-se observar pequenas quedas de água e as ruínas de diversos moinhos.

A subida é também acentuada e sobre pedras lisas e húmidas, e leva-nos aos campos de Tebilhão. Uma bela vista para a aldeia surge-nos ao lá chegar e olhando no sentido oposto podemos observar Cabreiros e a Serra da Arada.

No final da jornada e para manter a tradição fomos até Moldes matar a fome e a sede.

Este foi a primeira actividade do ano e esperamos que em breve surjam mais.

Alberto Calé


25/12/2017

Vale de Cambra - Percurso de Trebilhadouro



Este Sábado, para abrir o apetite para o bacalhau e para as rabanadas, eu, o Francisco, o Figueiredo e o Luís fomos até Vale de Cambra para realizar o percurso pedestre "PR4 - Trebilhadouro".

O dia esteve muito bom, com Sol e até quente, o que permitiu realizar uma caminhada bastante agradável.

Percurso situado entre as serras do Arestal e da Freita, tem cerca de 11 km e é, em geral, muito agradável.

Iniciámos a actividade em Trebilhadouro, uma aldeia típica que esteve abandonada durante mais de uma década, mas que entretanto foi recuperada e é umas das Aldeias de Portugal. 
 
Durante o percurso visitámos as Gravuras Rupestres do Trebilhadouro, um pequeno núcleo rochoso onde se podem observar algumas manifestações gráficas datadas do 4º ao 1º milénio antes de Cristo.

Depois desce-se abundantemente até ao Rio Caima. Pelo caminho é possível apreciar as paisagem para as serras do Arestal e Freita e para o vale, onde é possível ver diversas povoações e, num dia límpido como foi o de Sábado, até se consegue ver o mar.

Na passagem na povoação de Rôge também é possível ver algum património interessante do qual se destaca a Igreja de São Salvador e o magnífico cruzeiro que é monumento nacional desde 1949.

A passagem pela Ponte do Castelo dá-se num lugar de grande beleza onde o Rio Caima alegra o lugar com o ruído das suas águas.

Ainda antes de se iniciar a subida a Trebilhadouro surge a Barragem Duarte Pacheco que infelizmente, por se encontrar vazia perdeu certamente alguma da sua beleza.

A subida também é longa, pontualmente mais íngreme, e a passagem em Fuste indicia a aproximação ao final do percurso.

A chegada a Trebilhadouro e percorrer as suas ruelas é um final muito interessante para a actividade.

Mais um momento bem passado que culminou com o almoço convívio, desta vez apelidado de Natal, e contou, para além dos caminheiros com a presença do DJ e do Cardoso.

Alberto Calé


06/12/2017

Serra do Alvão - Fisgas do Ermelo



Depois de algumas desistências de última hora constatámos que ainda havia quórum suficiente para fazer esta actividade, pelo que bem cedo eu, o DJ e o Cardoso partimos para Trás-os-Montes a fim de realizarmos o percurso pedestre denominado "PR3 – Fisgas do Ermelo", que começa e acaba na povoação de Ermelo, em Mondim de Basto.

Estacionado o carro, junto à Igreja local, iniciámos o percurso descendo até à Ribeira de Fervença que atravessámos pela bela ponte de madeira. Aí começou a subida mais íngreme que tem uma corda lateral para auxiliar na subida. 

Os terrenos à volta ainda se encontravam cobertos da geada matinal.

Chegámos ao primeiro "leitor de paisagem" que tem informação sobre a Lomba do Bulhão. Ao longo do percurso existem diversos placards informativos que ajudam a interpretar a paisagem envolvente.

Depois, ainda com declive mais acentuado, começámos a ver a fraga amarela e também o próximo "leitor de paisagem" sobre o Alto da Cabeça Grande. Lá pudemos admirar as famosas fisgas, umas quedas de água com mais de duzentos metros, que se impõem na paisagem já de si deslumbrante.

Seguiu-se novo miradouro e a aproximação ao leito do Rio Olo, que alimenta as Fisgas. Neste havia zonas geladas que aguentavam o nosso peso sem partir. 

Pelo caminho encontrámos um moinho antigo, na margem do rio, e chegámos ao lugar de Varzigueto onde atravessamos o rio por uma ponte asfaltada. Saímos logo depois para o trilho de montanha. Um pouco mais à frente existe um desvio para as "Piocas de Cima", pequenas lagoas no rio onde haveremos de tomar refrescantes banhos quando fizermos o percurso no Verão.

Mais um "leitor de paisagem" sobre a Cancela do Miradouro e eis-nos chegados ao ponto mais próximo das fisgas. É possível chegar a este miradouro de automóvel pelo que encontrámos algumas pessoas a admirar a paisagem envolvente: as quedas de água, o vale estreito e fundo, a vista para a Aldeia de Bilhó e para o Monte Farinha, com o famoso Santuário da Senhora da Graça.

Pela inclinação do terreno, percebemos o porquê da dureza da etapa da volta a Portugal em bicicleta que aqui se realiza.

Descendo em direcção ao local de Fojo, aparece-nos ainda uma vista deslumbrante das "Piocas de Baixo", outra possibilidade para os banhos de Verão.

Descemos novamente em direcção ao Rio Olo atravessando-o na ponte da Abelheira onde iniciámos a subida até Ermelo e aos carros lá estacionados.

O repasto foi num restaurante da aldeia onde, a preços justos, nos deliciámos com iguarias locais.

Francisco Soares


01/12/2017

Ficha Técnica - Caminhos do Sol Nascente (Serra da Freita)


Publicamos hoje mais uma Ficha Técnica de um percurso da Serra da Freita.

Este percurso pertencente à rede de percursos de Arouca e é denominado "PR3 - Caminhos do Sol Nascente" de Arouca.

Não sendo dos percursos mais marcantes da Freita não deixa, contudo, de ser agradável. Com início em Moldes, junto à sua igreja, percorre antigos caminhos, a maioria sob intensa vegetação, e atravessa diversas linhas de água. Em algumas delas é possível observar diversos moinhos, a maioria em ruína, que marcaram o modo de vida das populações em tempos idos.

A paisagem para a serra e para o vale, que percorre também, tornam interessante este percurso.

Em algumas das povoações por onde passa são ainda visíveis aspectos característicos da construção nesta região.


27/11/2017

Serra do Arestal - Aldeias do Arestal



Ontem eu, o Francisco, o Pina Jorge e o Figueiredo fomos explorar a Serra do Arestal, com um percurso situado entre Sever do Vouga e Vale de Cambra.

Sendo esta uma das quatro serras que faz parte do Maciço da Gralheira a verdade é, que comparada com as restantes, Serras da Freita, Arada e São Macário, é a menos interessante, do ponto de vista da beleza em paisagem, património e em tipo de trilhos e aldeias.

No entanto, decidimos realizar o percurso "PR5 - Aldeias do Arestal" que tem início junto ao Santuário da Senhora da Saúde em Gestoso.

O percurso segue na direcção da Capela de São Tiago por estradões entre eucaliptos onde só pontualmente é possível observar a paisagem envolvente.

A partir da capela o tipo de trilhos melhora ligeiramente, a paisagem em alguns pontos torna-se mais agradável.

Uma longa descida a uma linha de água, entre as povoações de Folhense e o Carvalhal é completamente desinteressante, apesar do nome pomposo de "O Vale Mágico" que se encontra nas placas de indicação do PR. Depois melhora com uns trilhos e paisagens mais interessantes, e alguns aspectos interessantes em algumas das povoações.

Após a passagem em Chã volta-se aos estradões e aos eucaliptos. Alguma boa visibilidade para a Serra da Freita e para o mar animam esta parte.

Pelo que recordei, de actividades lá realizadas há muitos anos atrás, parece-me ser esta serra interessante para a BTT mas não muito para pedestrianismo. No entanto admito que há certamente mais a descobrir por aquela zona.

Alberto Calé

12/11/2017

Pelos Caminhos do Sol Nascente (Serra da Freita)



Finalmente, após o meu regresso a Portugal, juntei-me ao Pina Jorge, Francisco, Cardoso e Figueiredo para uma actividade na Serra da Freita.
 
Já ansiava por fazer qualquer coisa relacionada com o montanhismo, pelo que, logo que surgiu a primeira oportunidade aproveitei.

Decidimos realizar um percurso que não fosse demasiado exigente fisicamente, dado que após tanto tempo afastado destas andanças, eu pelo menos não estou em grande forma. Sendo Domingo o dia escolhido para a actividade escolhemos um percurso perto da povoação de Moldes para depois podermos usufruir das iguarias gastronómicas do café local.

Assim sendo optámos pelo "PR3 - Caminhos do Sol Nascente" um percurso pedestre dos diversos existentes na Serra da Freita.

Este percurso circular inicia e termina junto à Igreja local. Não sendo dos melhores que esta serra oferece não deixa, no entanto, de ser um percurso com algum interesse. 

Pelo caminho ainda se podem encontrar em certas povoações alguns vestígios da arquitectura tradicional, inúmeras alminhas, uma velha ponte com aspecto medieval e algumas bonitas linhas de água com moinhos.

Pontualmente a paisagem envolvente é agradável com vista para a parte mais alta da serra ou para o vale que circunda.

Encontrando-se bem sinalizado, com as marcações dos percursos pedestres, não oferece dificuldade na orientação. Com um total de 13 Km de comprimento e algumas subidas e descidas mais acentuadas, tem a exigência necessária para um reinício de actividades.  

No final, como já era intenção acabámos no café local a conviver enquanto deglutíamos algumas das boas e saborosas iguarias que por lá servem.

no ar já ficaram ideias para actividades de longa duração e até em autonomia. 

Há fome de viver novas e boas aventuras!

Alberto Calé


15/10/2017

Serra de São Macário: Da Pena a Covas do Monte




Foi a mais concorrida actividade dos últimos tempos, com a presença de 24 caminhantes, vindos de Aveiro, Porto, Ovar e Lourosa.

Começámos na Aldeia da Pena, já bastante atrasados em relação ao previsto, devido a um rali que decorria perto do Merujal e que bloqueou a estrada por mais de 1 hora.

Este percurso tinha sido percorrido, na última vez, em Novembro de 2015 e por isso sabíamos bem qual a dificuldade que iriamos encontrar. Preocupava-nos o facto do grupo ser tão grande o que normalmente leva a diversos problemas.

Iniciámos o percurso no sentido na bonita aldeia da Pena seguindo na direcção de Covas do Rio, seguindo o percurso conhecido pelo "caminho onde o morto matou o vivo”.

A descida, íngreme, pelas margens da Ribeira da Pena, continua a ser desafiante e bastante interessante. Infelizmente e à semelhança de todo o país, devido à seca, a ribeira tinha pouca água.

Uma pequena paragem em Covas do Rio, para reagrupar e descansar, e lá partimos em direcção a Covas do Monte, percorrendo diversos trilhos até chegarmos ao estradão que nos levou à aldeia. 

Depois de percorrermos a povoação iniciámos a difícil subida em direcção à aldeia da Pena. O calor apertava e a subida fez mossa em diversos elementos que resolveram, por bem, regressar a Covas do Monte e aí aguardar. O almoço estava marcado na antiga escola de Covas do Monte, agora restaurante, pelo que no regresso reuniamo-nos lá.

Com menor ou maior dificuldade os restantes chegaram à estrada e iniciaram o regresso à aldeia da Pena, pelo trilho a meia encosta que proporciona vistas relaxantes sobre as serras envolventes.

Passámos perto do trilho que leva às paredes de escalada e combinámos que lá iríamos voltar mais cedo ou mais tarde.

Já na Pena metemo-nos nos carros e dirigimo-nos à escola/restaurante de Covas do Monte onde, para além dos companheiros que por lá aguardavam, encontrámos um belo dum cabrito e uns bifes que nos deliciaram.

Excelente jornada esta partilhada com um grupo de gente em muito boa forma!

Francisco Soares

07/09/2017

Sanabria: Pelo Canhão do Tera


Devido a ir participar noutro evento local, o Amaral propôs-nos realizar a caminhada pelo Canhão do Tera em Sanabria, percurso que ainda nos faltava percorrer.

A actividade, realizada no sábado de 12 de Agosto, teve larga participação, contando com os seguintes elementos: Sãozita, Sara, Patrícia, Diana, Amaral, Pina Jorge, Francisco, DJ, Zé Figueiredo e esposa, a Luz, que apenas acompanhou o marido em passeio.
A reunião decorreu na sexta-feira durante o jantar no Don Pepe. Após a refeição deslocámo-nos até ao pub Pilas na Mesquita onde esperámos pelo Amaral que tinha estado em reunião com os companheiros da caça.
Eram 8,30h quando partimos para Ribedelago Viejo, onde deixámos os carros, e iniciámo o percurso, composto de dois trilhos diferentes que permitem tornar o mesmo circular. O trilho do Cañon del Tera acaba perto de S. Martin de Castañeda onde passamos para a Senda dos Monges, caminho que os monges do Convento de Santa Maria usavam para se deslocar a Ribadelago.
No percurso principal, atendendo a época do ano em que nos encontramos, o rio não tem grande caudal mas em 1959 o rio causou uma grande catástrofe que a seguir se relata:
“Construída entre 1954 e 1956, a barragem de Vega de Tera, com 200 metros de comprimento e 33 de altura, foi inaugurada por Francisco Franco em 25 de Setembro de 1956. Esta barragem teve uma vida curtíssima: em 1959, fortes chuvas e temperaturas extremas (-18 °C) abateram-se sobre a Serra de Peña Trevinca. Estas condições, aliadas à muita água acumulada na albufeira da barragem, levaram a que uma brecha de 70 metros de comprimento e 30 de altura se abrisse, deixando que uma torrente de 8 mil milhões de litros de água se abatessem pelo desfiladeiro do rio Tera. Os oito quilómetros do desfiladeiro foram ultrapassados pela água, lama, rochas e árvores da torrente em 20 minutos. Pelo caminho, a aldeia de Ribadelago foi apanhada desprevenida, resultando da imensa torrente a destruição de 145 das 170 habitações que existiam, e a morte de 144 habitantes que não conseguiram refugiar-se em pontos altos. A corrente chegou a atingir nove metros de altura.
Apenas 28 corpos foram resgatados, os restantes desapareceram para sempre no fundo do Lago de Sanábria, onde a imensa torrente desembocou logo a seguir à destruição de Ribadelago.
A aldeia foi reconstruída, sendo hoje bem visíveis testemunhos da noite fatídica: ruínas de casas e da igreja matriz, a par da estrutura da barragem, a montante, no silêncio da serra.”
Fonte: Wikipedia
Voltando ao trajecto este é simplesmente lindíssimo, inclui muitos pontos de interesse junto do curso de água, com diversas lagoas, quedas de água e vegetação que levaram os caminhantes a dar por bem empregue o tempo que ali estavam a passar.
Algumas subidas íngremes, em escalada ligeira não desmotivaram os participantes, na longa subida até aos 1791 m de cota máxima.
Um pouco antes deste pico, e por indicação de outros caminhantes que por nós passaram, desviámos um pouco do trilho e fomos até uma bonita lagoa onde alguns de nós aproveitaram para tomar banho.
Retomado o trilho, continuámos a subir e passámos por alguns abrigos de montanha; o calor começava a apertar e as paragens eram mais frequentes para hidratação e para reagrupar.
No final deste primeiro trilho andámos um bocado por alcatrão que fervia, até encontrarmos o dito Trilho dos Monges, uma longa e penosa descida, por vezes acentuada, que fez as suas mossas.
O grande final foi num bar junto ao Lago de Sanabria onde as cervejas, servidas em canecas “mesmo” geladas, fizeram explodir sorrisos e exclamações de satisfação.
A repetir? Não sei, mas desde a primeira vez que fui para aqueles lados fiquei fã dos percursos naquela zona, pelo que é bem provável.

Francisco Soares

02/08/2017

Por trilhos de Sanabria


6ª feira dia 21/Jul - Barjacoba

Como eu e o DJ fomos com um dia de antecedência. relativamente aos outros parceiros de caminhada, resolvemos fazer na 6ª feira, dia 21 de Julho, um pequeno percurso para nos ambientarmos à montanha. Escolhemos um que não fosse muito difícil, em termos físicos, mas que trouxesse algo de novo em termos de beleza natural uma vez que o lago e as montanhas em redor proporcionam belas paisagens.

Num livro adquirido na última visita à zona, em Abril, descobrimos um caminho rural que partia de uma pequena aldeia, de nome Barjacoba e que parecia interessante. Dirigimo-nos para lá bem cedo e iniciámos o dito percurso. Este tem alguns troços coincidentes com a grande rota (GR) que circunda a zona dos lagos.

No percurso surgiram-nos duas placas, uma  indicativa do circuito aconselhado para os anos pares e outra para os anos ímpares.  Como estamos em 2017 seguimos na direcção indicada pela placa dos anos ímpares.

A primeira dificuldade no caminho apareceu-nos na forma de um enorme bovino que impedia a passagem. Fomo-nos aproximando devagar e reparámos que havia outros três nas proximidades.

Após algum tempo de espera, "Sua Excelência" resolveu permitir a nossa passagem, saindo do trilho na direcção dos seus companheiros.

Mais à frente começou uma subida, não muito íngreme, e começámos a ver algumas das cumeadas em redor. Ficámos com a sensação de irmos chegar a alguma das várias lagoas (embalses) muito frequentes na zona.

Após vários quilómetros percorridos verificámos que a cada cumeada outra se seguia. Resolvemos então voltar regressar não sem antes avistarmos 2 corsos que com facilidade subiam as encostas, numa dança elegante e fácil, como que a gozar connosco.

A ideia era fazer poucos quilómetros mas mesmo assim ainda assim fizemos cerca de 10,5 Km. No regresso viemos por um caminho diferente da ida no qual, tivemos que desbravar mato, o que deu um certo gozo.

Chegados ao Don Pepe, a residencial onde ficámos, onde fomos agradavelmente surpreendidos quando pedimos uma bifana, dado o tamanho da mesma.

Após o  banho aproveitámos para descansar enquanto esperávamos pelos restantes companheiros. O dia seguinte prometia ser duro.


Sábado, 22 de Julho – Peña Trevinca

O jantar tardio da véspera começou já depois das 22 horas com muitas provas de tinto e chupitos.  

Aos poucos lá se juntou o grupo constituído pela Sãozita, Mário Jorge e Maria do Carmo, Zita e Pina Jorge, Ilda e Amaral, o DJ e eu.

Ficando a Zita e a Ilda  a passear na zona os outros partiram para iniciar a Senda de Montaña 7 – Laguna de los Peces a Peña Trevinca.

No parque de estacionamento da Lagoa dos Peixes já se encontravam alguns carros estacionados o que dava a entender que não éramos os únicos a percorrer aquele trilho.

Durante o caminho fomos ultrapassados por um grupo de jovens vigorosos e um adulto solitário, mas também ultrapassámos um casal com quem nos cruzámos mais vezes durante o percurso.

O percurso começa com uma subida que a certa altura se torna acentuada. No final da mesma começa-se a ver o embalse de Vega del Conde. Descemos para o fabuloso vale glaciar onde, para o fim, se começa a descortinar a Peña Trevinca, lá bem alto.

O entusiasmo dos participantes era bem evidente, apesar alguns julgasse que não iriam conseguir. O vale, com os vários riachos que formam o Rio Tera e com os vários cumes à volta é realmente deslumbrante. O mesmo encontra-se repleto de gado a pastar

A parte final, durante a ascenção ao pico de Peña Trevinca, em 1800 metros de caminho sobem-se 477 metros em altura. O final, quase em escalada junto à escarpa, é bastante exigente.

Nada disto porém nos desmotivou pelo que chegámos todos ao cume e festejámos efusivamente. 

Como era espectável encontravam-se outros grupos no cimo, um deles constituído por 3 portugueses que se identificaram quando nos ouviram falar a mesma língua.