Serra da Arada - De Regoufe a Drave
27/10/2012
Côto do Boi - Serra da Freita
Hoje fui mais o Francisco e o Bruno até à Serra da Freita para mais uma caminhada. Partimos de Albergaria da Serra, seguindo o PR15 durante alguns quilómetros para depois desviar para o Parque eólico do Côto do Boi.
Já há alguns anos que por lá não passava e resolvi ir averiguar como estaria esta parte da serra.
Até ao local onde antigamente estava o marco geodésico que dá o nome ao local, Côto do Boi, segue-se por trilhos e estradões largos que permitem um bom andamento, mas depois a descida para a linha de água, que abastece a cascata, e o caminho até à aldeia do Cando não tem qualquer trilho.
O mato também cresceu imenso pelo que fomos escolhendo as zonas de rocha para caminhar. As passagens de algumas linhas de água são complicadas pelo mato e pelo tojo agressivo que as rodeia. Por isso lá trouxemos a colecção de arranhões do costume.
A passagem na povoação do Cando vale sempre a pena e também já por lá não passava à uns anos valentes. Não há muitas alterações naquele pequeno lugar onde, pelo menos na altura, o gado ainda era guardado por baixo das habitações das pessoas. Nessa altura a estrada não passava pela aldeia havendo apenas trilhos e estradões em terra batida.
Subimos depois a serra pelo antigo trilho de acesso e seguimos depois até Albergaria da Serra por outro trilho que nos levou novamente ao PR15. Pelo caminho ainda encontrámos uma víbora que infelizmente não consegui fotografar. Em tantos anos pela serra já vi diversas cobras, de outras espécies, mas víboras foi a primeira vez. Um momento bonito.
15/10/2012
Trilho do Zêzere
No sábado 13, eu (Vicente) e a Mariana fomos até Pedrogão
Pequeno onde nos instalámos no Hotel da Montanha, e onde fomos recebidos
por uma amiga de longa data que amavelmente nos forneceu toda a
documentação necessária sobre os percursos pedestres e outras ofertas de
interesse disponíveis na região. Decidimos então que iríamos no dia
seguinte fazer o PR2 - Trilho do Zêzere. Aproveitámos o resto do dia
para irmos visitar Sertã e Pedrogão Grande, onde a Mariana fez
fotografia nocturna.
No domingo o dia amanheceu chuvoso, mas não nos desencorajou de pormos os pés ao caminho e irmos conhecer o "PR2 - Trilho do Zêzere". Com inicio em Pedrogão Pequeno, fomos descendo na direcção do rio, vislumbrando-se as belas escarpas que o ladeiam e as suas águas límpidas. Chegados quase ao leito do rio, aparece a famosa ponte filipina, construída durante a ocupação espanhola, entre 1607 e 1610, para substituir uma ponte romana da qual existem ainda alguns vestígios submersos, tendo servido como única ligação rodoviária entre Pedrogão Grande e Pedrogão Pequeno até 1954, altura em que foi inaugurada a Barragem do Cabril, que se encontra um pouco mais a montante. O acesso à ponte é feito por calçada de pedra de granito miúda, construída na altura da ponte.
Entusiasmados pela paisagem e já fora do trilho que nos propusemos fazer, iniciamos a subida da encosta que vai na direcção de Pedrogão Grande, onde visitámos dois pontos de interesse: O "Penedo do Granada" em forma de cadeira, local onde Frei Luís de Granada escreveu muita da sua obra, com uma vista magnifica para o rio; e o miradouro mais acima. O caminho segue por calçada com vestígios romanos até á Igreja de Nossa Srª dos Milagres.
Voltámos atrás, tornando a atravessar a ponte filipina e prosseguimos pelo "trilho da levada" que acompanha o rio, na direcção do Moinho das Freiras, passando por um imponente túnel escavado na rocha e que foi construído a fim de possibilitar a passagem de máquinas e camiões para a construção da barragem.
Do Moinho das Freiras apenas ficou o nome, pois só existe um parque de merendas e zona para fazer churrascos.
O trilho afasta-se agora do rio, seguindo a encosta por uma velha estrada de alcatrão e continua por trilho de floresta onde se podem observar diversas espécies de aves, até chegarmos ao lugar de Painho. A etapa final desenrolou-se até Pedrogão Pequeno por floresta sem outros pontos de interesse adicionais, completando o circuito circular.
Passeio interessante, pelos pontos históricos e especialmente pelas paisagens das escarpas sobre esta parte do rio Zêzere, de dificuldade média e que se faz em menos de 3h com uma distância de cerca de 10kms.
No domingo o dia amanheceu chuvoso, mas não nos desencorajou de pormos os pés ao caminho e irmos conhecer o "PR2 - Trilho do Zêzere". Com inicio em Pedrogão Pequeno, fomos descendo na direcção do rio, vislumbrando-se as belas escarpas que o ladeiam e as suas águas límpidas. Chegados quase ao leito do rio, aparece a famosa ponte filipina, construída durante a ocupação espanhola, entre 1607 e 1610, para substituir uma ponte romana da qual existem ainda alguns vestígios submersos, tendo servido como única ligação rodoviária entre Pedrogão Grande e Pedrogão Pequeno até 1954, altura em que foi inaugurada a Barragem do Cabril, que se encontra um pouco mais a montante. O acesso à ponte é feito por calçada de pedra de granito miúda, construída na altura da ponte.
Entusiasmados pela paisagem e já fora do trilho que nos propusemos fazer, iniciamos a subida da encosta que vai na direcção de Pedrogão Grande, onde visitámos dois pontos de interesse: O "Penedo do Granada" em forma de cadeira, local onde Frei Luís de Granada escreveu muita da sua obra, com uma vista magnifica para o rio; e o miradouro mais acima. O caminho segue por calçada com vestígios romanos até á Igreja de Nossa Srª dos Milagres.
Voltámos atrás, tornando a atravessar a ponte filipina e prosseguimos pelo "trilho da levada" que acompanha o rio, na direcção do Moinho das Freiras, passando por um imponente túnel escavado na rocha e que foi construído a fim de possibilitar a passagem de máquinas e camiões para a construção da barragem.
Do Moinho das Freiras apenas ficou o nome, pois só existe um parque de merendas e zona para fazer churrascos.
O trilho afasta-se agora do rio, seguindo a encosta por uma velha estrada de alcatrão e continua por trilho de floresta onde se podem observar diversas espécies de aves, até chegarmos ao lugar de Painho. A etapa final desenrolou-se até Pedrogão Pequeno por floresta sem outros pontos de interesse adicionais, completando o circuito circular.
Passeio interessante, pelos pontos históricos e especialmente pelas paisagens das escarpas sobre esta parte do rio Zêzere, de dificuldade média e que se faz em menos de 3h com uma distância de cerca de 10kms.
07/10/2012
Entre Vilar de Rei e Lagoaça... Linha do Sabor
De novo na Linha do Sabor para percorrer o troço entre Vilar de Rei e Lagoaça.
Após termos percorrido pouco mais de 1,4 quilómetros o leito da via desapareceu e deu lugar a um campo lavrado. Desconhecendo ao certo o ponto da via em que nos encontrávamos tivemos que recorrer a uma carta militar e a um gps de estrada.
A coisa resultou bem, porque com alguma rapidez percebemos onde devíamos estar e por onde devia continuar a via. Atravessando o campo lavrado chegámos ao leito da via que se encontrava intransitável devido ao mato que o cobria.
Fomos contornando a via pelos campos até conseguirmos voltar a caminhar sobre ela.
Até Bruçó a via ora é transitável, ora é impossível fazê-lo, pelo que tivemos que recorrer a caminhos paralelos para caminhar. A Linha do Sabor percorre campos, completamente isolada e nós, pontualmente, víamos algum agricultor de tractor a lavrar o campo, normalmente ao longe.
O calor fustigou-nos todo o dia tornando a caminhada ainda mais difícil.
Continuámos
até a uma pedreira que cortava a linha impedindo-nos de seguir pela via.
Tivemos que a contornar e retomar a via mais à frente. A via, nesta fase, está
bem limpa e permite um bom andamento. A recta que se segue à pedreira é bem
longa e permitiu-nos recuperar algum tempo.
Fomo-nos aproximando do final da etapa seguindo a direcção da estrada. A via passa por baixo da estrada sob um pontão e depois segue quase em paralelo à estrada. Torna-se mais um vez intransitável, obrigando-nos a seguir por caminhos paralelos. Este facto fez-nos perder a via de vista. Recuperámos depois o contacto com a mesma mas a chegada a Lagoaça foi complicada. Mato na linha e fora da linha.
Terminámos esta etapa junto à antiga estação.
Está previsto terminarmos as etapas restantes no próximo mês de Novembro.
Está previsto terminarmos as etapas restantes no próximo mês de Novembro.
06/10/2012
Entre Urrós e Vilar de Rei - Linha do Sabor
Percorremos hoje mais uns quilómetros desta linha entre Urrós e Vilar de Rei.
Na fase inicial, logo junto à estação de Urrós, a via desaparece e tivemos que improvisar. Acabámos por perceber que a antiga via passava sob o actual IC5 e após a passagem do túnel sob a estrada percebemos que estávamos no caminho certo.
A via hoje já se encontra suficientemente limpa de mato para se poder caminhar à vontade. O percurso decorre quase todo em zonas afastadas da civilização, por entre campos lavrados. Por vezes lá temos que saltar vedações de arame farpado e muros. Vacas e ovelhas são pontualmente a nossa companhia.
A chegada a Variz foi aproveitada para descansar e "almoçar".
Saímos na direcção do Mogadouro, contornando uma serra. Uma carrinha atravessada na via com um caçador armado em cima deixou-nos alerta. Fomos avisados para termos cuidado porque decorria uma montaria ao javali. Aconselhados pelo mesmo seguimos ainda umas dezenas de metros pela via até se ouvir, já perto, os batedores e os cães.
Decidimos abandonar a via e passar a campo aberto na direcção de outros caçadores. Nada como nos verem para não nos confundirem com um javali. Contornámos os caçadores e voltámos à linha junto ao último caçador da montaria. Confirmámos que daí em diante estávamos seguros e seguimos o caminho. Pouco depois os tiros soavam uns atrás dos outros.
Passámos sobre o IC5 e sobre a estrada antiga e entrámos na estação do Mogadouro. Parecia um filme do farwest, tal o estado de abandono do local. Tudo em ruína e abandonado, incluindo uns enormes silos de cereais que se encontram junto da estação. Que tristeza ver este abandono e degradação.
A via desaparece logo após a estação. Tivemos que atravessar um campo lavrado, onde em tempos foi via-férrea e depois quando a esta aparece está cheia de mato.
Até Vilar de Rei pouco caminhámos pelo leito da via e entrámos na aldeia pela estrada. A antiga estação está degradada, para não variar, e encontra-se quase tomada por alguém. A via volta a desaparecer logo após a estação. Apanhámos o carro junto a uma antiga passagem de nível e graças à boa vontade de um popular ainda pudémos visitar a igreja local datada do século XVII.
Amanhã partimos deste ponto até Lagoaça.
Até Vilar de Rei pouco caminhámos pelo leito da via e entrámos na aldeia pela estrada. A antiga estação está degradada, para não variar, e encontra-se quase tomada por alguém. A via volta a desaparecer logo após a estação. Apanhámos o carro junto a uma antiga passagem de nível e graças à boa vontade de um popular ainda pudémos visitar a igreja local datada do século XVII.
Amanhã partimos deste ponto até Lagoaça.
05/10/2012
Entre Duas Igrejas e Urrós - algures na Linha do Sabor
Hoje iniciámos a travessia da Linha do Sabor a pé.
Após a primeira etapa, Duas Igrejas a Urrós, a pergunta a fazer é 'onde está a linha?'.
Quase 20 km de caminhada onde pontualmente conseguimos andar pelo leito da via. A via está repleta de mato e balastro, por vezes escondida em campos particulares que nos obrigam a saltar muros e arame farpado. Valeu-nos uma antiga Via Romana que acompanha a linha em grande parte do percurso.
O momento alto foi quando um grupo de transmontanos, que fazia a vindima, nos convidou para comer e beber. Um bom momento a recordar e a demonstrar que temos um povo espectacular.
Estamos bem satisfeitos em cá estar e em andar na descoberta do que em tempos foi uma via férrea.
Amanhã temos outra etapa semelhante entre Urrós e Vilar de Rei. Pelo que vimos vamos ter mais mato e balastro. Vai ser mais um bom momento de aventura e convívio.
Até amanhã.