Serra da Arada - De Regoufe a Drave
24/12/2016
De Novo no GR28
No fim de semana passado, o Cardoso, o DJ e eu, decidimos recordar uma das etapa do
GR28 que realizámos em 2014.
A escolha recaiu sobre o troço entre
Covelo do Paivô e Silveiras com retorno pelas Minas de Regoufe.
Decidimos realizar esta etapa e não a que liga o Candal a Covelo de Paivô, com regresso ao Candal pelo Trilho dos Incas, por desconfiarmos que a passagem pelas
poldras no Rio Paivô, nesta fase do ano, seja bastante complicada devido ao caudal e altura das águas do rio.
Como ajuda aproveitámos o 'track' que o DJ ainda tinha gravado no telemóvel e com algumas alterações, aqui e ali, fomos percorrendo o
percurso com cerca de 14 km, duro quanto baste, pelas subidas longas e íngremes de grande parte do trajecto.
O tempo frio facilitou um pouco mas o percurso não deixou de ser exigente.
A parte mais desafiadora continuou a ser a descida pelo cascalho até às minas,
onde as
quedas parecem sempre eminentes.
Depois foi percorrer aquele trilho que liga Regoufe a Covelo de Paivô, onde o lajeado do mesmo e a fantástica paisagem para as serras da Arada e da Freita o tornam magnífico.
Após concluirmos o percurso rumámos à inevitável
povoação de Moldes para repor energias.
Este ano deve ter sido a última actividade do Espírito de Aventura, mas já estamos prontos para novas aventuras em 2017.
Francisco Soares
06/12/2016
Viseu - Rota do Dão...
No Domingo passado o DJ, o Cardoso, o Zé Figueiredo e eu (Francisco) partimos de Aveiro
em direcção a Silgueiros, local de início do percurso identificado como
PR 12 “Rota do Dão” de Viseu.
A ideia era conhecer novos trilhos, com paisagens e
motivos de interesse diferentes daqueles a que estamos habituados.
Começámos na escola secundária de Silgueiros e, um pouco
mais à frente, em Pindelo, uns habitantes locais ao verem-nos equipados para caminhar avisaram-nos que era dia de batida ao javali.
Continuámos e realmente, passado algum tempo, começamos a
ouvir tiros, não muito longe. A mim e ao Cardoso fez-nos lembrar a travessia feita há alguns anos pela linha abandonada do Sabor. À data também nos aconteceu algo parecido mas com mais “emoção”. Na altura tivemos que caminhar, a descoberto, na direcção dos caçadores para sermos vistos, enquanto ouvíamos os batedores e as matilhas de cães que acossavam, do lado oposto, os javalis na nossa direcção.
Depois de passarmos a
Quinta do Perdigão um letreiro, localizado numa bifurcação, indicava num dos
“caminho temporariamente indisponível”. No outro caminho lá estava o sinal
vermelho/amarelo indicando o trilho certo.
Assim continuámos com a ideia de chegar ao Rio Dão, onde
pelas descrições iríamos encontrar a aldeia medieval de Póvoa do Dão e bonitas
paisagens.
Verificámos contudo que nos estávamos a afastar do
rio, pois já estávamos a subir embora continuássemos a respeitar a sinalização
do percurso.
Resolvemos não voltar atrás mas
ficámos com a sensação que provavelmente o
caminho correcto seria pelo trilho temporariamente indisponível. Talvez a batida ao javali fosse a causa da indisponibilidade.
Os caminhos são maioritariamente florestais ou de lavoura, sem grande
dificuldade técnica ou grande exigência física. Completámos os cerca de 11
kms em 3 horas, incluindo diversas paragens.
Valeu pelo convívio e pelo almoço em Campia.
Francisco Soares
.
08/11/2016
Serra da Freita - PR10 Rota dos Aromas
Neste Domingo passado, dia 6 de Outubro de 2016, eu e o DJ fomos percorrer o PR10 de Arouca, conhecido como "Rota dos Aromas".
Partindo de Vila Cova seguimos em direcção a Espiunca, percorrendo um
pouco por estrada de alcatrão e depois por caminhos florestais, onde, devido à
ausência de sinalização, tivemos algumas dificuldades em seguir pelo trilho correcto.
Na
verdade isto foi algo com que nos deparámos em muitos pontos do percurso, nos
quais a decisão sobre o caminho a tomar se baseou no nosso sentido de
orientação com uma ajuda inestimável da aplicação de telemóvel do DJ. Esta permitiu uma comparação do trajecto que efectuávamos, com o mapa oficial, tornando as decisões mais facilitadas.
Chegados a Espiunca, seguimos no sentido oposto ao dos Passadiços do Paiva. O rio, exuberante nesta altura do ano, encontrava-se um pouco lamacento o que
nos surpreendeu pois já foi conhecido como um dos mais limpos da Europa. Provavelmente será consequência dos incêndios que por lá lavraram este Verão.
Caminhámos um pouco pela margem direita do Paiva até que
o caminho se afastou na direcção de Serabigões. Na povoação, as bonitas casas de pedra em muito bom estado sugerem que terá havido recuperação, ou mesmo, construção
recente mantendo a traça rústica própria desta serra, utilizando essencialmente o xisto.
De regresso a Vila Cova o caminho decorre por eucaliptais recentes,
não sendo, por isso, muito interessante. Apenas algumas linhas de água e a presença de castanheiros carregados de castanhas, onde aproveitámos para colher e saborear algumas, quebraram a monotonia do percurso entre eucaliptos.
Percurso não muito exigente fisicamente, apesar dos seus 11 km’s, onde os tais aromas que dão o nome
ao trilho não se sentiram muito, talvez porque tenham sido anulados pelos
eucaliptos. De qualquer forma acabou por seu um trilho agradável de percorrer.
O repasto foi em Moldes onde fomos muito bem recebidos, como
de costume e viemos a saber que foi mesmo ao lado do café que o fugitivo de
Arouca, há algumas semanas, sequestrou um casal para lhe roubar o carro.
Francisco Soares
02/11/2016
Serra da Freita - PR15 - Viagem à Pré-História
Eu, o Zé Figueiredo e o DJ fomos, neste passado Sábado, 29 de Outubro de 2016, recordar o PR15 na Serra da Freita.
Iniciámos o percurso no Parque de Campismo do Merujal encurtando um pouco o circuito. Evitámos a ida ao Merujal fazendo o percurso
na direcção de Cabaços deixando Albergaria da Serra para o fim.
Assim,
a partir do Parque de Campismo seguimos na direcção da Mizarela onde ficámos a saber, pela quantidade de paralelos no estradão, que o trilho irá ser pavimentado. Seguimos depois na direcção de Cabaços admirando, à passagem pelo Rio Caima, as famosas “Marmitas de Gigante”, bem cheias de
água.
Na
passagem em Castanheira, passámos junto ao edifício do Centro Interpertrativo das Pedras Parideiras,
encontrámos um lavrador local que tinha caçado uma toupeira das muitas que abundam pelos terrenos e destroiem as culturas.
Da Castanheira seguimos na direcção das Antas de Monte Calvo onde aproveitámos para uma curta
paragem e recuperar alguma energia. A temperatura, apesar de estarmos já no final de Outubro,
parecia a de um dia de Verão, tal o calor que se fez sentir.
Caminhámos depois até à Mamoa da Portela da Anta encontrando, pelo caminho, algumas manadas de vacas que se alimentavam das poucas ervas frescas e verdejantes que
começam a brotar, após os desastrosos incêndios do Verão passado.
Continuámos até ao Vidoeiro, onde cortamos à esquerda perto das casas que serviram de abrigo aos
trabalhadores que instalaram o parque eólico. Algumas placas que indicavam o percurso arderam nos incêndios. Felizmente já conhecemos bem este trilho e lá seguimos para o local das Pedras Boroas da Junqueira.
Chegámos pouco depois à parte que considero mais
bonita deste percurso, a nascente e depois as margens do Rio Caima. As margens do rio, compostas por rochas e com diversos moinhos, continuam a
ser deslumbrantes.
Chegados
a Albergaria da Serra atravessámos a povoação e seguimos na direcção do Parque de Campismo, onde recuperámos o carro
e nos dirigimos à tasquinha da Mizarela para repor algumas das calorias
perdidas.
No total percorremos mais de 15 kms desta maravilhosa serra.
Francisco Soares
05/10/2016
Serra do Gerês - Trilho da Cidade da Calcedónia
Aproveitando umas curtas férias fui acompanhado de grande parte do núcleo duro do grupo até à Serra do Gerês.
Na companhia do Pina Jorge, Francisco, Cardoso, DJ, Pedro Borges e de um novo elemento, o Luís, decidimos percorrer o Trilho da Cidade da Calcedónia.
Rodeado das belas paisagens desta serra, o Cabeço da Calcedónia é um amontoado de rochas que surge no topo da serra, perto de Covide.
No Domingo, após a concentração junto ao Parque de Campismo de Cerdeira, onde eu e o Pina Jorge já nos encontrávamos desde o dia anterior, seguimos até Covide para iniciarmos o percurso.
Saindo da estrada principal o percurso segue sem grande desnível até à entrada de Campos, onde desvia junto a um grande espigueiro. Inicia depois uma subida ainda suave, por um largo estradão, na direcção dos cabeços que se vislumbram lá no alto.
A saída do estradão marca o início da longa e, por vezes, penosa subida, por trilho de pé posto, que nos levou até junto do primeiro cabeço que se avistava no alto.
Apesar de custar um bocado respirar e falar ao mesmo tempo a boa disposição nunca abandonou o grupo que, entre larachas e velhas histórias, seguiu divertido ao longo de toda a subida.
Já no planalto o trilho circunda os diversos cabeços até iniciarmos a subida para a Fenda da Calcedónia.
Sendo a primeira vez que abordávamos a dita fenda, desconhecíamos a sua real localização, pelo que a dúvida se instalou.
Outro grupo, com alguém supostamente conhecedor da fenda, entrou pela mesma tendo nós seguido os seus passos.
A entrada era duvidosa, mas após passar pela mesma, verificámos que realmente correspondia às fotos que já tínhamos visto do seu interior. Fomos trepando rocha após rocha, com muita lentidão porque o grupo que nos precedia era grande e lento na progressão.
O pior foi que o líder do grupo não conseguiu ultrapassar o último obstáculo e com isso acabámos por ficar "presos" durante bastante tempo na fenda sem conseguir progredir.
Decidimos retirar quando já outro grupo se preparava para entrar na mesma.
Ficámos um bocado frustrados, mas haverá certamente novas oportunidades para realizar este percurso.
Iniciámos, de seguida, a longa e acentuada descida para Covide. Esta parte acabou por massacrar os velhos joelhos, tornozelos e pés, mas nada que fizesse desmoralizar os caminheiros ou retirasse a beleza e o interesse deste percurso.
No final acabámos a compensar o esforço com algumas iguarias minhotas.
Após o almoço eu e o Pina Jorge, que ficámos mais uma noite no Gerês, fomos percorrer parte da Geira Romana, uma antiga Via Romana, que decorre junto à albufeira de Vilarinho das Furnas.
Um esforço suplementar que ajudou a digerir o almoço e que valeu pela beleza da paisagem e pelo património histórico que esta via encerra.
Em suma, um bom fim-de-semana com bom tempo, bom convívio, boa camaradagem e com excelentes trilhos para caminhar.
13/09/2016
Serra da Lousã - Rota dos Serranos
Tendo decidido ir até à Lousã tive como companheiros(as) a Carla, a Sílvia, o DJ e o Tiago. Começámos a caminhada junto à praia fluvial, logo abaixo do castelo da
Lousã.
A zona, muito
propícia a fogos, dada a densidade de arvoredo e o solo cheio de resíduos
facilmente inflamáveis, felizmente passou incólume ao desastre que assolou
outras serras e consumiu imensa floresta.
O trajecto, que já tinha sido percorrido no ano passado, é curto mas bastante agradável. Passa pela central hidroeléctrica da Ermida a que se segue a subida
mais rigorosa do percurso até à aldeia de Talasnal.
Na aldeia fizemos a inevitável visita ao "Retalhinho", onde um
cafézinho e um pastel de castanhas nos confortaram o estômago. O cheiro a
chanfana já de fazia sentir, mas o que estava previsto era almoçarmos no restaurante junto
à praia fluvial.
Assim partimos em direcção a Casal Novo. Deixámos no Talasnal um grande grupo de jovens, pertencentes a uma
associação, que começavam a preparar uma churrascada para o almoço.
Em Casal Novo tirámos a foto de grupo, parámos um pouco para descansar, e depois iniciámos então a descida para o Castelo. Pelo caminho passámos junto à Capela da Ermida.
No final tivemos uma má surpresa. O restaurante estava fechado para férias. Uns quantos telefonemas para o "Retalhinho" e lá fomos nós até ao Talasnal para comer a dita chanfana que tínhamos cheirado.
Depois da chanfana aproveitámos para conhecer melhor a
aldeia, agora muito diferente da primeira vez que a visitei. Na altura só havia um
bar “O Curral”, que nem sempre estava aberto, mas abria à pressa quando
nos ouvia a percorrer as ruas.
Havemos de lá voltar para fazer outro percurso, mas só quando tivermos a certeza que “O Burgo” se encontra aberto.
Francisco Soares
29/08/2016
Trilho dos Moinhos - Sever do Vouga
Tendo lido uma notícia da Câmara de Sever do
Vouga, publicada no Diário de Aveiro, sobre o sucesso em número de visitantes no percurso pedestre "Trilho dos Moinhos", decidimos percorrer o dito percurso.
Os cerca de 9 Km’s que compõe o percurso, com excepção da zona dos
moinhos da Ribeira de Carrazeda, pouco tem de interessante.
A fazer fé na dita notícia esperar-se-ia umas paisagens de estarrecer, o que, sinceramente, não nos pareceu.
Também não encontrámos nenhum moinho ainda activo, como consta da descrição oficial do percurso. No entanto, é possível que para se verem ser necessário sair do trilho para mais perto do curso de água. Talvez não o tenhamos feito no lugar certo.
Também não encontrámos nenhum moinho ainda activo, como consta da descrição oficial do percurso. No entanto, é possível que para se verem ser necessário sair do trilho para mais perto do curso de água. Talvez não o tenhamos feito no lugar certo.
Pelo menos serviu para conviver, fazer um pouco de desporto e para desanuviar um pouco do
stress da semana.
24/08/2016
Serra da Estrela - Trilho das Grandes Lagoas
Partimos
ainda no Sábado para a Serra da Estrela, tendo pernoitado na Pousada
da Juventude, nas Penhas da Saúde. A intenção era poder começar
a caminhada bem cedo por um percurso que nos parecia muito aliciante dado
percorrer algumas da maiores lagoas da serra.
O grupo foi formado por sete elementos, a Sara, a Sãozita, o Pina Jorge, o Amaral, o Tiago, o Zé Figueiredo e o Francisco.
Iniciámos a caminhada junto à Lagoa Comprida. O céu limpo e o tempo fresco tornaram a caminhada muito agradável e a paisagem com vista para a lagoa tornaram o início do passeio espectacular.
Seguimos depois na direcção da barragem do Covão dos Conchos onde aproveitámos para usufruir da paisagem envolvente. Também apreciámos, o agora famoso buraco negro, um poço existente no meio da albufeira que recolhe a água, a partir de determinado nível, encaminhando-a para a Lagoa Comprida. A água corre através de um túnel com mais de 1500 metros de comprimento, construído em 1955.
Retomámos o caminho seguindo para o Vale do Rossim, passando pelo Vale do Conde onde atravessámos a linha de água, seguindo por um trilho bem assinalado. Pelo caminho pudemos observar a Fraga das Penhas Douradas e apreciar a vista deslumbrante para Oeste, podendo ver a Serra do Caramulo.
Nesta fase do dia o calor fazia-se sentir.
A descida até à barragem do Vale do Rossim fez-nos recordar a actividade Guarda – Loriga em autonomia que realizámos em 2014.
No Vale do Rossim uma pequena paragem para ver as praias fluviais, plenas de pessoas a usufruir das águas frescas da lagoa.
Partimos por um trilho de pedra solta, na direcção do Lagoacho. Este trilho massacrou-nos os pés.
Contornámos a albufeira em busca de um trilho que deveria subir por uma linha de água. Não
o tendo encontrado houve que tomar decisões. Apontámos na direcção da Lagoa
Seca, subindo a encosta.
A subida revelou-se bastante difícil em virtude de muitas vezes termos de abrir caminho pela vegetação e outras progredir, quase em escalada, pelas rochas que íamos trepando para evitar o mato.
Depois de uma subida bastante dura pois, para além do esforço e do calor que se fazia sentir, a água começou também a ser escassa.
Finalmente lá chegámos ao cume, onde já se pode avistar a Lagoa Comprida.
Seguimos para a Lagoa Comprida pelo caminho que liga esta lagoa à lagoa do Covão do Forno. Pelo caminho desaconselhámos três casais de jovens estrangeiros que, sem equipamento de montanha nem água suficiente, pretendiam fazer o trilho às 18 horas da tarde.
Já na Lagoa Comprida acabámos por comer umas tapas e beber muitas cervejas, enquanto ouvíamos os doutos conselhos do proprietário do bar sobre trilhos na Serra da Estrela. Não nos convenceu muito!
Actividade complicada e mal descrita, no sítio de onde recolhemos a informação, mas que acabou por ser um excelente teste à capacidade física e ao espírito de grupo de todos os elementos que fazem parte deste grupo. Sinto-me orgulhoso!
O grupo foi formado por sete elementos, a Sara, a Sãozita, o Pina Jorge, o Amaral, o Tiago, o Zé Figueiredo e o Francisco.
Iniciámos a caminhada junto à Lagoa Comprida. O céu limpo e o tempo fresco tornaram a caminhada muito agradável e a paisagem com vista para a lagoa tornaram o início do passeio espectacular.
Seguimos depois na direcção da barragem do Covão dos Conchos onde aproveitámos para usufruir da paisagem envolvente. Também apreciámos, o agora famoso buraco negro, um poço existente no meio da albufeira que recolhe a água, a partir de determinado nível, encaminhando-a para a Lagoa Comprida. A água corre através de um túnel com mais de 1500 metros de comprimento, construído em 1955.
Retomámos o caminho seguindo para o Vale do Rossim, passando pelo Vale do Conde onde atravessámos a linha de água, seguindo por um trilho bem assinalado. Pelo caminho pudemos observar a Fraga das Penhas Douradas e apreciar a vista deslumbrante para Oeste, podendo ver a Serra do Caramulo.
Nesta fase do dia o calor fazia-se sentir.
A descida até à barragem do Vale do Rossim fez-nos recordar a actividade Guarda – Loriga em autonomia que realizámos em 2014.
No Vale do Rossim uma pequena paragem para ver as praias fluviais, plenas de pessoas a usufruir das águas frescas da lagoa.
Partimos por um trilho de pedra solta, na direcção do Lagoacho. Este trilho massacrou-nos os pés.
Contornámos a albufeira em busca de um trilho que deveria subir por uma linha de água.
A subida revelou-se bastante difícil em virtude de muitas vezes termos de abrir caminho pela vegetação e outras progredir, quase em escalada, pelas rochas que íamos trepando para evitar o mato.
Depois de uma subida bastante dura pois, para além do esforço e do calor que se fazia sentir, a água começou também a ser escassa.
Finalmente lá chegámos ao cume, onde já se pode avistar a Lagoa Comprida.
Seguimos para a Lagoa Comprida pelo caminho que liga esta lagoa à lagoa do Covão do Forno. Pelo caminho desaconselhámos três casais de jovens estrangeiros que, sem equipamento de montanha nem água suficiente, pretendiam fazer o trilho às 18 horas da tarde.
Já na Lagoa Comprida acabámos por comer umas tapas e beber muitas cervejas, enquanto ouvíamos os doutos conselhos do proprietário do bar sobre trilhos na Serra da Estrela. Não nos convenceu muito!
Actividade complicada e mal descrita, no sítio de onde recolhemos a informação, mas que acabou por ser um excelente teste à capacidade física e ao espírito de grupo de todos os elementos que fazem parte deste grupo. Sinto-me orgulhoso!
Francisco Soares
05/07/2016
Serra da Arada - Trilhos de Água
No passado Domingo fomos percorrer os "Trilhos de Água", sem dúvida um dos percursos mais bonitos que conheço.
Ao todos fomos 11 companheiros nesta espectacular jornada. O João Marcelino, que já nos acompanhava há bastante tempo, os gémeos Henrique e Pedro, o Zé Figueiredo e o Francisco de Aveiro, o Pina Jorge do Porto e a Manuela, a Sãozita, a Sara, o Amaral e o Tiago, estes de Ovar.
Chegados a Regoufe confirmámos que levávamos o equipamento necessário para podermos caminhar dentro do rio. Carregámos também bastante água que a temperatura que se fazia sentir era bastante elevada.
Após a saída de Regoufe, a subida até ao Alto de Regoufe já deixou alguns dos elementos um pouco abalados. Valeu, para recuperar, a descida para o Pego onde recordámos a saudosa Dª Maria Pinto que vivia sozinha naquele pequeno lugar.
Recordámos ainda as várias vezes que acampámos junto ao Rio Paivô, as velhas e engraçadas histórias e peripécias desses já longínquos eventos.
Atravessado o rio e contornada a bela represa que forma uma cascata, chegou o momento de caminharmos pela água, que corre pelo leito pedregoso e escorregadio do rio.
Atravessado o rio e contornada a bela represa que forma uma cascata, chegou o momento de caminharmos pela água, que corre pelo leito pedregoso e escorregadio do rio.
Para quem aprecia a aventura na natureza, no seu estado mais puro, a paisagem é de estarrecer. A água límpida, ora corre ligeira entre as pedras, ora forma pequenas lagoas excelentes para frescos e revitalizantes banhos.
Algumas pedras, escavadas e alisadas pelas águas, permitiram servir de "escorregas" aumentando a diversão de todos os participantes.
Fomos percorrendo o leito, tomando banho a cada lagoa que aparecia e, de lagoa em lagoa fomos andando ou nadando até à por nós denominada “ponte para lado nenhum”. É pena verificar que esta velha ponte de xisto já tombou parcialmente e em breve desaparecerá.
Uns metros após a passagem na referida ponte surge a melhor lagoa do leito. Como sempre regalámo-nos com um magnífico banho.
Uns metros após a passagem na referida ponte surge a melhor lagoa do leito. Como sempre regalámo-nos com um magnífico banho.
Não sei quanto tempo estivemos neste local mas o banho, a paisagem, o recato do local envolvem-nos de tal maneira que é difícil a despedida.
Um pouco contrariados lá iniciámos a penosa subida ao Alto de Regoufe sob um calor insuportável.
A subida, longa e acentuada, foi bastante difícil de fazer com as condições referidas. Calmamente e com muitas paragens para descansar lá fomos chegando ao final da subida.
No café de Regoufe matámos a sede e descansámos um pouco antes de nos deslocarmos para Moldes.
Conforme acordo tácito, celebrado entre o grupo, o que acontece em Moldes, em Moldes fica, pelo que o relato fica por aqui.
Faz agora 15 anos que "inventámos" este percurso e continuamos a gostar de o percorrer. É mesmo um daqueles que não se deve perder.
Um pouco contrariados lá iniciámos a penosa subida ao Alto de Regoufe sob um calor insuportável.
A subida, longa e acentuada, foi bastante difícil de fazer com as condições referidas. Calmamente e com muitas paragens para descansar lá fomos chegando ao final da subida.
No café de Regoufe matámos a sede e descansámos um pouco antes de nos deslocarmos para Moldes.
Conforme acordo tácito, celebrado entre o grupo, o que acontece em Moldes, em Moldes fica, pelo que o relato fica por aqui.
Faz agora 15 anos que "inventámos" este percurso e continuamos a gostar de o percorrer. É mesmo um daqueles que não se deve perder.
Francisco Soares
13/06/2016
Pela rota dos Túneis...
Andávamos há 2 ou 3 anos a pensar em fazer a "Ruta de los
Tuneles", um troço da via ferroviária que ligava Salamanca à Linha do Douro em Portugal, mas por esta ou aquela razão ainda não se tinha proporcionado a ocasião.
O troço escolhido para a caminhada liga La Fregeneda, em Espanha, a Barca d'Alva, em Portugal, e tem cerca de 17 quilómetros.
O feriado de sexta-feira (Dia de Portugal) veio permitir a realização desta actividade.
De Aveiro, pelo início da tarde, partiram o Cardoso, o Francisco, o Tiago, a Sara e o Amaral. O grupo ficou completo já na Pousada da Juventude em Foz Côa onde nos juntámos à Sílvia, à Carla e ao Pina Jorge.
Depois de tratarmos do alojamento fomos a pé até ao centro de Foz Côa onde metemos a conversa em dia na companhia de umas cervejitas no Café
Baltazar.
Para nossa surpresa o Zé Figueiredo que, apesar de
não vir realizar a actividade, resolveu passar o fim de
semana na zona.
Por sugestão de um casal que se encontrava no café fomos jantar ao
Restaurante Abade em Junqueira. Em boa hora aceitámos a sugestão porque a posta mirandesa estava magnífica
e o preço foi bastante simpático.
Pelas 7,30 h de sábado, foi tomado o pequeno-almoço e lá
partimos para Barca d’Alva onde deixámos um dos carros junto
ao cais, onde se encontravam diversos barcos-hotel ancorados. Daqueles que fazem a descida e subida do Rio Douro para fins turísticos.
Os outros 2 carros serviram para nos deslocarmos para Espanha. Encontrar a estação de La Fregeneda não foi fácil, apesar de termos as
coordenadas no GPS. A ajuda de um habitante local foi fundamental, pois não existe
nenhuma indicação na estrada.
Chegados a La Fregeneda iniciámos então o percurso pela via férrea em direcção a
Portugal.
Apareceu o túnel 1, o mais comprido dos 20 existentes neste troço, onde a
utilização das lanternas ou frontais é indispensável. Pode-se caminhar pelas
travessas entre os carris conforme sugerem a maior parte das descrições que
vimos na net mas é bastante mais confortável utilizar o patamar
lateral em pedra e cimento, desde que se vá com cuidado para evitar alguns buracos no piso.
Logo a seguir surge um pequeno pontão com passadeiras
transitáveis.
O percurso continua e surge o túnel 2, este curto e sem oferecer grande dificuldade.
O túnel 3, comprido e escuro por ser em curva, encontra-se habitado por morcegos. Bem cedo se ouviu o chiar dos ditos, eventualmente incomodados com
a luz dos frontais.
Mais um pouco de caminho e eis que surge a primeira ponte, a Ponte do
Morgado. Pode-se utilizar a passadeira de madeira situada no seu lado
direito, no entanto, todos resolvemos testar a nossa reacção às alturas passando sobre a viga exposta. A altura da ponte, a viga estreita e o facto do corrimão ser um
pouco afastado da passagem, obrigando a uma leve inclinação do corpo no sentido
do abismo, tornou a passagem algo desconfortável. O facto do próprio corrimão apenas servir para equilibrar e não para segurança também não ajudou.
Todos
passaram no teste mas uns mais confortáveis do que outros.
No fundo do vale, à nossa esquerda, corria o Rio Águeda, que
delimita a fronteira com Portugal. A paisagem é deslumbrante.
O túnel 4 desemboca directamente na Ponte de Pollo Rubio,
talvez o local mais fotogénico de todo o percurso. A conjugação da ponte
com o túnel, aberto por baixo de um pico da montanha, cria uma imagem de grande efeito.
Mais calafrios na passagem sobre a viga metálica, uma vez que o passadiço em madeira está em franco mau estado.
Surgem depois os túneis 5 e 6 continuando a linha a acompanhar o Rio Águeda que corre lá bem abaixo com cenários realmente espectaculares.
Surge agora novo e grande desafio, a Ponte de Pollo Valente. Uma imponente estrutura metálica em curva, em muito mau estado de conservação. No ponto da curva a viga metálica termina, apresentando um espaço vazio, antes de iniciar nova viga. Os travessões de madeira situados entre os carris encontram-se queimados, não oferecendo alternativa ao salto a efectuar para continuar a travessia da ponte. A passagem pelo lado de fora da curva implica um salto bem maior e bem mais sugestivo.
Houve quem escolhesse essa opção para viver momentos de maior intensidade emocional. Saltar no vazio, com cerca de um metro de distância entre as duas vigas, a várias
dezenas de metros de altura, é realmente desaconselhável a quem sofrer de
vertigens.
No túnel 7 aproveitámos a sombra para parar um pouco, comer
e refrescar que o calor começava a apertar.
Pelo caminho fomos atravessando mais uns túneis, do 8 ao 11, e encontrando outros montanhistas que faziam a mesma rota em sentido contrário.
Após o túnel 12 eis que surge a Ponte Arroyo del Lugar, muito comprida, muito alta e bastante desafiante. Aconselha-se a passar pela viga do lado esquerdo, pois a da
direita tem alguns troços de madeira queimada que podem constituir problema
na passagem.
A malvada cabeça a trabalhar a 100 à hora, o medo a tolher-nos os movimentos e as pernas a tremer, fazendo-nos hesitar na altura de dar cada passada. Após imensa luta interior,
lá cheguei ao fim com um suspiro de alívio.
Mais uns túneis, onde aproveitávamos para nos refrescar,
pois a temperatura agora era superior a 30º C.
Após o túnel 15 surge a Ponte de los Pollos. A passadeira de madeira do lado
direito estava em bom estado, parecendo ter sido recuperada. Resolvi passar sobre ela. A maior parte dos colegas de aventura optou contudo pelo lado mais emocionante.
A via férrea desenvolvia-se então por um troço estreito cavado na
montanha, repleto de cactos e outra vegetação. Aqui perdemos o rio de vista.
A Ponte de las Almas, também com o passadiço
recuperado antecede a passagem pelo túnel 19. Finalmente o túnel
20 e a ponte internacional sobre o Rio Águeda. Neste ponto o rio desagua no Rio Douro.
Os pés doridos de tanto pisar balastro e o corpo desidratado clamavam por uns minutos de descanso e por uma cervejita bem fresca. Saciámo-nos no pátio
exterior duma mercearia situada após a antiga estação de Barca d'Alva.
De referir que a estação de Barca d’Alva, donde há 3 anos atrás parti com o Calé para fazermos o troço até ao Pocinho, está agora bastante mais
degradada com sinais evidentes de vandalismo, o que é de lamentar.
Recomposto o grupo fomos recuperar os carros deixados em Valdenoguera, assim se
chama o local onde fica a estação de La Fregeneda.
No regresso dei boleia a um casalinho de escuteiros que estava a
fazer o trajecto de retorno até Barca d’Alva a pé. A jovem ergueu os
braços ao céu quando parei, tal a alegria de poupar mais 4 horas de caminho a pé sob intenso calor e ao Sol.
O final foi uma tasquinha em Celorico
Gare, conhecida pelo Amaral (quem mais?), onde umas cervejitas e umas sandes de
presunto e queijo deram o ânimo para iniciar a viagem de retorno.
Devemo-nos congratular pelo facto da actividade ter
decorrido sem problemas e agradecer a todos por mais uma bela tarde de convívio
e camaradagem.
Francisco Soares
04/06/2016
De novo em Drave
No Domingo passado, 29 de Maio, fomos caminhar no PR14, entre Regoufe e Drave, uma caminhada já realizada, muitas vezes, por alguns de nós, mas inédita para alguns dos elementos que se juntaram ao grupo mais recentemente.
O tempo apresentava alguma instabilidade, com muitas nuvens o que não augurava uma
actividade tranquila. Logo à chegada a Regoufe começou a chover o que nos
obrigou a permanecer nas viaturas durante alguns minutos.
Terminado o aguaceiro e após confirmarmos que todos tinham protecção contra a chuva lá partimos em direcção
à "Aldeia Mágica".
Pelo caminho alguns aguaceiros obrigaram-nos a vestir os
impermeáveis, o que se tornou desconfortável atendendo à temperatura algo elevada.
Já em Drave o tempo melhorou e deu para explorar a aldeia e as diversas cascatas da Ribeira de Palhais.
O Tiago, um
companheiro de Espinho que se juntou a nós, referiu que já tinha continuado a
seguir o rio, e verificou que existem umas pequenas praias fluviais que os escuteiros
costumam usar para se banhar.
Alguns dos novos elementos que vieram com o Amaral e
que tinham trazido um drone, libertaram-no e fizeram algumas
filmagens.
Um montanheiro, que caminhava sozinho pela serra, informou-nos que
iria até ao sítio do Pego. Convidou-nos para o acompanhar.
Sem hesitações, parte do grupo aceitou o convite e acompanharam o Rui, assim se chama o montanheiro, no
percurso até ao Pego. O percurso um pouco mais exigente fisicamente tem também mais interesse.
O resto do grupo regressou a Regoufe pelo percurso marcado, o mesmo que percorremos na vinda.
Reagrupámos em Regoufe e lá nos dirigimos a Moldes para acabar a tarde em beleza à volta de uns petiscos bem regados.