Pedalando pelo GR28

A serra a arder perto do Merujal, 07 de Agosto de 2010.

Serra do Gerês

Caminhando entre Garranos, de 07 a 08 de Maio de 2005.

Serra de São Macário

Escalada na Pena, 15 de Setembro de 2013.

Serra da Estrela

I Travessia em autonomia total - Guarda - Loriga, de 12 a 16 de Abril de 2004.

Linha do Dão - Ponte de Nagoselas

Travessia BTT pelas Linhas do Dão e Vouga, de 09 a 11 de Abril de 2009.

Caminhos de Santiago

Travessia do Rio Lires no Caminho de Finisterra, de 29 a 31 de Julho de 2010.

Serra de Montemuro

Nas Minas de Moimenta, 29 de Janeiro de 2011.

Linha do Corgo - Ponte do Tanha

Travessia da Linha do Corgo, de 06 a 10 de Outubro de 2013.

Serra do Caramulo

Nas neves do Caramulo com vista para a Serra da Estrela, 04 de Dezembro de 2010.

Aldeias Históricas

De BTT em autonomia total pelo GR22, de 28 de Abril a 01 de Maio de 2006.

Serra da Arada - De Regoufe a Drave

24/12/2016

De Novo no GR28



No fim de semana passado, o Cardoso, o DJ e eu, decidimos recordar uma das etapa do GR28 que realizámos em 2014. 

A escolha recaiu sobre o troço entre Covelo do Paivô e Silveiras com retorno pelas Minas de Regoufe. 

Decidimos realizar esta etapa e não a que liga o Candal a Covelo de Paivô, com regresso ao Candal pelo Trilho dos Incas, por desconfiarmos que a passagem pelas poldras no Rio Paivô, nesta fase do ano, seja bastante complicada devido ao caudal e altura das águas do rio.

Como ajuda aproveitámos o 'track' que o DJ ainda tinha gravado no telemóvel e com algumas alterações, aqui e ali, fomos percorrendo o percurso com cerca de 14 km, duro quanto baste, pelas subidas longas e íngremes de grande parte do trajecto.

O tempo frio facilitou um pouco mas o percurso não deixou de ser exigente.

A parte mais desafiadora continuou a ser a descida pelo cascalho até às minas, onde as quedas  parecem sempre eminentes.

Depois foi percorrer aquele trilho que liga Regoufe a Covelo de Paivô, onde o lajeado do mesmo e a fantástica paisagem para as serras da Arada e da Freita o tornam magnífico.

Após concluirmos o percurso rumámos à inevitável povoação de Moldes para repor energias.

Este ano deve ter sido a última actividade do Espírito de Aventura, mas já estamos prontos para novas aventuras em 2017.

Francisco Soares


06/12/2016

Viseu - Rota do Dão...


No Domingo passado o DJ, o Cardoso, o Zé Figueiredo e eu (Francisco) partimos de Aveiro em direcção a Silgueiros, local de início do percurso identificado como PR 12 “Rota do Dão” de Viseu.

A ideia era conhecer novos trilhos, com paisagens e motivos de interesse diferentes daqueles a que estamos habituados.

Começámos na escola secundária de Silgueiros e, um pouco mais à frente, em Pindelo, uns habitantes locais ao verem-nos equipados para caminhar avisaram-nos que era dia de batida ao javali.

Continuámos e realmente, passado algum tempo, começamos a ouvir tiros, não muito longe. A mim e ao Cardoso fez-nos lembrar a travessia feita há alguns anos pela linha abandonada do Sabor. À data também nos aconteceu algo parecido mas com mais “emoção”. Na altura tivemos que caminhar, a descoberto, na direcção dos caçadores para sermos vistos, enquanto ouvíamos os batedores e as matilhas de cães que acossavam, do lado oposto, os javalis na nossa direcção.

Depois de passarmos a Quinta do Perdigão um letreiro, localizado numa bifurcação, indicava num dos  “caminho temporariamente indisponível”. No outro caminho lá estava o sinal vermelho/amarelo indicando o trilho certo.

Assim continuámos com a ideia de chegar ao Rio Dão, onde pelas descrições iríamos encontrar a aldeia medieval de Póvoa do Dão e bonitas paisagens. 

Verificámos contudo que nos estávamos a afastar do rio, pois já estávamos a subir embora continuássemos a respeitar a sinalização do percurso. 

Resolvemos não voltar atrás mas ficámos com a sensação que provavelmente o caminho correcto seria pelo trilho temporariamente indisponível. Talvez a batida ao javali fosse a causa da indisponibilidade.

Os caminhos são maioritariamente florestais ou de lavoura, sem grande dificuldade técnica ou grande exigência física. Completámos os cerca de 11 kms em 3 horas, incluindo diversas paragens.

Valeu pelo convívio e pelo almoço em Campia.

Francisco Soares



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08/11/2016

Serra da Freita - PR10 Rota dos Aromas



Neste Domingo passado, dia 6 de Outubro de 2016, eu e o DJ fomos percorrer o PR10 de Arouca, conhecido como "Rota dos Aromas".

Partindo de Vila Cova seguimos em direcção a Espiunca, percorrendo um pouco por estrada de alcatrão e depois por caminhos florestais, onde, devido à ausência de sinalização, tivemos algumas dificuldades em seguir pelo trilho correcto. 

Na verdade isto foi algo com que nos deparámos em muitos pontos do percurso, nos quais a decisão sobre o caminho a tomar se baseou no nosso sentido de orientação com uma ajuda inestimável da aplicação de telemóvel do DJ. Esta permitiu uma comparação do trajecto que efectuávamos, com o mapa oficial, tornando as decisões mais facilitadas.

Chegados a Espiunca, seguimos no sentido oposto ao dos Passadiços do Paiva. O rio, exuberante nesta altura do ano, encontrava-se um pouco lamacento o que nos surpreendeu pois já foi conhecido como um dos mais limpos da Europa. Provavelmente será consequência dos incêndios que por lá lavraram este Verão.

Caminhámos um pouco pela margem direita do Paiva até que o caminho se afastou na direcção de Serabigões. Na povoação, as bonitas casas de pedra em muito bom estado sugerem que terá havido recuperação, ou mesmo, construção recente mantendo a traça rústica própria desta serra, utilizando essencialmente o xisto.

De regresso a Vila Cova o caminho decorre por eucaliptais recentes, não sendo, por isso, muito interessante. Apenas algumas linhas de água e a presença de castanheiros carregados de castanhas, onde aproveitámos para colher e saborear algumas, quebraram a monotonia do percurso entre eucaliptos.

Percurso não muito exigente fisicamente,  apesar dos seus 11 km’s, onde os tais aromas que dão o nome ao trilho não se sentiram muito, talvez porque tenham sido anulados pelos eucaliptos. De qualquer forma acabou por seu um trilho agradável de percorrer.

O repasto foi em Moldes onde fomos muito bem recebidos, como de costume e viemos a saber que foi mesmo ao lado do café que o fugitivo de Arouca, há algumas semanas, sequestrou um casal para lhe roubar o carro.

Francisco Soares


02/11/2016

Serra da Freita - PR15 - Viagem à Pré-História


Eu, o Zé Figueiredo e o DJ fomos, neste passado Sábado, 29 de Outubro de 2016, recordar o PR15 na Serra da Freita.

Iniciámos o percurso no Parque de Campismo do Merujal encurtando um pouco o circuito. Evitámos a ida ao Merujal fazendo o percurso na direcção de Cabaços deixando Albergaria da Serra para o fim.

Assim, a partir do Parque de Campismo seguimos na direcção da Mizarela onde ficámos a saber, pela quantidade de paralelos no estradão, que o trilho irá ser pavimentado. Seguimos depois na direcção de Cabaços admirando, à passagem pelo Rio Caima, as famosas “Marmitas de Gigante”, bem cheias de água. 

Na passagem em Castanheira, passámos junto ao edifício do Centro Interpertrativo das Pedras Parideiras, encontrámos um lavrador local que tinha caçado uma toupeira das muitas que abundam pelos terrenos e destroiem as culturas. 

Da Castanheira seguimos na direcção das Antas de Monte Calvo onde aproveitámos para uma curta paragem e recuperar alguma energia. A temperatura, apesar de estarmos já no final de Outubro, parecia a de um dia de Verão, tal o calor que se fez sentir.

Caminhámos depois até à Mamoa da Portela da Anta encontrando, pelo caminho, algumas manadas de vacas que se alimentavam das poucas ervas frescas e verdejantes que começam a brotar, após os desastrosos incêndios do Verão passado.

Continuámos até ao Vidoeiro, onde cortamos à esquerda perto das casas que serviram de abrigo aos trabalhadores que instalaram o parque eólico. Algumas placas que indicavam o percurso arderam nos incêndios. Felizmente já conhecemos bem este trilho e lá seguimos para o local das Pedras Boroas da Junqueira.

Chegámos pouco depois à parte que considero mais bonita deste percurso, a nascente e depois as margens do Rio Caima. As margens do rio, compostas por rochas e com diversos moinhos, continuam a ser deslumbrantes.


Chegados a Albergaria da Serra atravessámos a povoação e seguimos na direcção do Parque de Campismo, onde recuperámos o carro e nos dirigimos à tasquinha da Mizarela para repor algumas das calorias perdidas.

No total percorremos mais de 15 kms desta maravilhosa serra.

Francisco Soares

05/10/2016

Serra do Gerês - Trilho da Cidade da Calcedónia


Aproveitando umas curtas férias fui acompanhado de grande parte do núcleo duro do grupo até à Serra do Gerês. 

Na companhia do Pina Jorge, Francisco, Cardoso, DJ, Pedro Borges e de um novo elemento, o Luís, decidimos percorrer o Trilho da Cidade da Calcedónia.

Rodeado das belas paisagens desta serra, o Cabeço da Calcedónia é um amontoado de rochas que surge no topo da serra, perto de Covide. 

No Domingo, após a concentração junto ao Parque de Campismo de Cerdeira, onde eu e o Pina Jorge já nos encontrávamos desde o dia anterior, seguimos até Covide para iniciarmos o percurso. 

Saindo da estrada principal o percurso segue sem grande desnível até à entrada de Campos, onde desvia junto a um grande espigueiro. Inicia depois uma subida ainda suave, por um largo estradão, na direcção dos cabeços que se vislumbram lá no alto. 

A saída do estradão marca o início da longa e, por vezes, penosa subida, por trilho de pé posto, que nos levou até junto do primeiro cabeço que se avistava no alto. 

Apesar de custar um bocado respirar e falar ao mesmo tempo a boa disposição nunca abandonou o grupo que, entre larachas e velhas histórias, seguiu divertido ao longo de toda a subida. 

Já no planalto o trilho circunda os diversos cabeços até iniciarmos a subida para a Fenda da Calcedónia. Sendo a primeira vez que abordávamos a dita fenda, desconhecíamos a sua real localização, pelo que a dúvida se instalou. 

Outro grupo, com alguém supostamente conhecedor da fenda, entrou pela mesma tendo nós seguido os seus passos. A entrada era duvidosa, mas após passar pela mesma, verificámos que realmente correspondia às fotos que já tínhamos visto do seu interior. Fomos trepando rocha após rocha, com muita lentidão porque o grupo que nos precedia era grande e lento na progressão. 

O pior foi que o líder do grupo não conseguiu ultrapassar o último obstáculo e com isso acabámos por ficar "presos" durante bastante tempo na fenda sem conseguir progredir. 

Decidimos retirar quando já outro grupo se preparava para entrar na mesma. Ficámos um bocado frustrados, mas haverá certamente novas oportunidades para realizar este percurso. 

Iniciámos, de seguida, a longa e acentuada descida para Covide. Esta parte acabou por massacrar os velhos joelhos, tornozelos e pés, mas nada que fizesse desmoralizar os caminheiros ou retirasse a beleza e o interesse deste percurso.

No final acabámos a compensar o esforço com algumas iguarias minhotas. 

Após o almoço eu e o Pina Jorge, que ficámos mais uma noite no Gerês, fomos percorrer parte da Geira Romana, uma antiga Via Romana, que decorre junto à albufeira de Vilarinho das Furnas. 

Um esforço suplementar que ajudou a digerir o almoço e que valeu pela beleza da paisagem e pelo património histórico que esta via encerra. 

Em suma, um bom fim-de-semana com bom tempo, bom convívio, boa camaradagem e com excelentes trilhos para caminhar. 

13/09/2016

Serra da Lousã - Rota dos Serranos


Tendo decidido ir até à Lousã tive como companheiros(as) a Carla, a Sílvia,  o DJ e o Tiago. Começámos a caminhada junto à praia fluvial, logo abaixo do castelo da Lousã.

A zona, muito propícia a fogos, dada a densidade de arvoredo e o solo cheio de resíduos facilmente inflamáveis, felizmente passou incólume ao desastre que assolou outras serras e consumiu imensa floresta.

O trajecto, que já tinha sido percorrido no ano passado, é curto mas bastante agradável. Passa pela central hidroeléctrica da Ermida a que se segue a subida mais rigorosa do percurso até à aldeia de Talasnal.

Na aldeia fizemos a inevitável visita ao "Retalhinho", onde um cafézinho e um pastel de castanhas nos confortaram o estômago. O cheiro a chanfana já de fazia sentir, mas o que estava previsto era almoçarmos no restaurante junto à praia fluvial.

Assim partimos em direcção a Casal Novo. Deixámos no Talasnal um grande grupo de jovens, pertencentes a uma associação, que começavam a preparar uma churrascada para o almoço.

Em Casal Novo tirámos a foto de grupo, parámos um pouco para descansar, e depois iniciámos então a descida para o Castelo. Pelo caminho passámos junto à Capela da Ermida.

No final tivemos uma má surpresa. O restaurante estava fechado para férias. Uns quantos telefonemas para o "Retalhinho" e lá fomos nós até ao Talasnal para comer a dita chanfana que tínhamos cheirado.

Depois da chanfana aproveitámos para conhecer melhor a aldeia, agora muito diferente da primeira vez que a visitei. Na altura só havia um bar “O Curral”, que nem sempre estava aberto, mas abria à pressa quando nos ouvia a percorrer as ruas.

Havemos de lá voltar para fazer outro percurso, mas só quando tivermos a certeza que “O Burgo” se encontra aberto.

Francisco Soares


29/08/2016

Trilho dos Moinhos - Sever do Vouga


Tendo lido uma notícia da Câmara de Sever do Vouga, publicada no Diário de Aveiro, sobre o sucesso em número de visitantes no percurso pedestre "Trilho dos Moinhos", decidimos percorrer o dito percurso.

O mesmo começa e acaba junto da Igreja de Paradela, local para onde nos dirigimos.

Os cerca de 9 Km’s que compõe o percurso, com excepção da zona dos moinhos da Ribeira de Carrazeda, pouco tem de interessante.

A fazer fé na dita notícia esperar-se-ia umas paisagens de estarrecer, o que, sinceramente, não nos pareceu.

Também não encontrámos nenhum moinho ainda activo, como consta da descrição oficial do percurso. No entanto, é possível que para se verem ser necessário sair do trilho para mais perto do curso de água. Talvez não o tenhamos feito no lugar certo.

Pelo menos serviu para conviver, fazer um pouco de desporto e para desanuviar um pouco do stress da semana.

24/08/2016

Serra da Estrela - Trilho das Grandes Lagoas


Partimos ainda no Sábado para a Serra da Estrela, tendo pernoitado na Pousada da Juventude, nas Penhas da Saúde. A intenção era poder começar a caminhada bem cedo por um percurso que nos parecia muito aliciante dado percorrer algumas da maiores lagoas da serra. 

O grupo foi formado por sete elementos, a Sara, a Sãozita, o Pina Jorge, o Amaral, o Tiago, o Zé Figueiredo e o Francisco.

Iniciámos a caminhada junto à Lagoa Comprida. O céu limpo e o tempo fresco tornaram a  caminhada muito agradável e a paisagem com vista para a lagoa tornaram o início do passeio espectacular.

Seguimos depois na direcção da barragem do Covão dos Conchos onde aproveitámos para usufruir da paisagem envolvente. Também apreciámos, o agora famoso buraco negro, um poço existente no meio da albufeira que recolhe a água, a partir de determinado nível, encaminhando-a para a Lagoa Comprida. A água corre através de um túnel com mais de 1500 metros de comprimento, construído em 1955.

Retomámos o caminho seguindo para o Vale do Rossim, passando pelo Vale do Conde onde atravessámos a linha de água, seguindo por um trilho bem assinalado. Pelo caminho pudemos observar a Fraga das Penhas Douradas e apreciar a vista deslumbrante para Oeste, podendo ver a Serra do Caramulo.
Nesta fase do dia o calor fazia-se sentir.

A descida até à barragem do Vale do Rossim fez-nos recordar a actividade Guarda – Loriga em autonomia que realizámos em 2014. 

No Vale do Rossim uma pequena paragem para ver as praias fluviais, plenas de pessoas a usufruir das águas frescas da lagoa.

Partimos por um trilho de pedra solta, na direcção do Lagoacho. Este trilho massacrou-nos os pés.

Contornámos a albufeira em busca de um trilho que deveria subir por uma linha de água. Não o tendo encontrado houve que tomar decisões. Apontámos na direcção da Lagoa Seca, subindo a encosta.  

A subida revelou-se bastante difícil em virtude de muitas vezes termos de abrir caminho pela vegetação e outras progredir, quase em escalada, pelas rochas que íamos trepando para evitar o mato.

Depois de uma subida bastante dura pois, para além do esforço e do calor que se fazia sentir, a água começou também a ser escassa.

Finalmente lá chegámos ao cume, onde já se pode avistar a Lagoa Comprida.

Seguimos para a Lagoa Comprida pelo caminho que liga esta lagoa à lagoa do Covão do Forno. Pelo caminho desaconselhámos três casais de jovens estrangeiros que, sem equipamento de montanha nem água suficiente, pretendiam fazer o trilho às 18 horas da tarde.

Já na Lagoa Comprida acabámos por comer umas tapas e beber muitas cervejas, enquanto ouvíamos os doutos conselhos do proprietário do bar sobre trilhos na Serra da Estrela. Não nos convenceu muito!

Actividade complicada e mal descrita, no sítio de onde recolhemos a informação, mas que acabou por ser um excelente teste à capacidade física e ao espírito de grupo de todos os elementos que fazem parte deste grupo. Sinto-me orgulhoso!


Francisco Soares

05/07/2016

Serra da Arada - Trilhos de Água



 No passado Domingo fomos percorrer os "Trilhos de Água", sem dúvida um dos percursos mais bonitos que conheço. 

Ao todos fomos 11 companheiros nesta espectacular jornada. O João Marcelino, que já nos acompanhava há bastante tempo, os gémeos Henrique e Pedro, o Zé Figueiredo e o Francisco de Aveiro, o Pina Jorge do Porto e a Manuela, a Sãozita, a Sara, o Amaral e o Tiago, estes de Ovar.

Chegados a Regoufe confirmámos que levávamos o equipamento necessário para podermos caminhar dentro do rio. Carregámos também bastante água que a temperatura que se fazia sentir era bastante elevada. 

Após a saída de Regoufe, a subida até ao Alto de Regoufe já deixou alguns dos elementos um pouco abalados. Valeu, para recuperar, a descida para o Pego onde recordámos a saudosa Dª Maria Pinto que vivia sozinha naquele pequeno lugar. 

Recordámos ainda as várias vezes que acampámos junto ao Rio Paivô, as velhas e engraçadas histórias e peripécias desses já longínquos eventos.

Atravessado o rio e contornada a bela represa que forma uma cascata, chegou o momento de caminharmos pela água, que corre pelo leito pedregoso e escorregadio do rio.

Para quem aprecia a aventura na natureza, no seu estado mais puro, a paisagem é de estarrecer. A água límpida, ora corre ligeira entre as pedras, ora forma pequenas lagoas excelentes para frescos e revitalizantes banhos. 

Algumas pedras, escavadas e alisadas pelas águas, permitiram servir de "escorregas" aumentando a diversão de todos os participantes. 

Fomos percorrendo o leito, tomando banho a cada lagoa que aparecia e, de lagoa em lagoa fomos andando ou nadando até à por nós denominada “ponte para lado nenhum”. É pena verificar que esta velha ponte de xisto já tombou parcialmente e em breve desaparecerá.

Uns metros após a passagem na referida ponte surge a melhor lagoa do leito. Como sempre regalámo-nos com um magnífico banho. 

Não sei quanto tempo estivemos neste local mas o banho, a paisagem, o recato do local envolvem-nos de tal maneira que é difícil a despedida.

Um pouco contrariados lá iniciámos a penosa subida ao Alto de Regoufe sob um calor insuportável.

A subida, longa e acentuada, foi bastante difícil de fazer com as condições referidas.  Calmamente e com muitas paragens para descansar lá fomos chegando ao final da subida.

No café de Regoufe matámos a sede e descansámos um pouco antes de nos deslocarmos para Moldes.

Conforme acordo tácito, celebrado entre o grupo, o que acontece em Moldes, em Moldes fica, pelo que o relato fica por aqui.

Faz agora 15 anos que "inventámos" este percurso e continuamos a gostar de o percorrer. É mesmo um daqueles que não se deve perder.

Francisco Soares

13/06/2016

Pela rota dos Túneis...


Sábado 11 de Junho de 2016

Andávamos há 2 ou 3 anos a pensar em fazer a "Ruta de los Tuneles", um troço da via ferroviária que ligava Salamanca à Linha do Douro em Portugal, mas por esta ou aquela razão ainda não se tinha proporcionado a ocasião.

O troço escolhido para a caminhada liga La Fregeneda, em Espanha, a Barca d'Alva, em Portugal, e tem cerca de 17 quilómetros.

O feriado de sexta-feira (Dia de Portugal) veio permitir a realização desta actividade.

De Aveiro, pelo início da tarde, partiram o Cardoso, o Francisco, o Tiago, a Sara e o Amaral. O grupo ficou completo já na Pousada da Juventude em Foz Côa onde nos juntámos à Sílvia, à Carla e ao Pina Jorge.

Depois de tratarmos do alojamento fomos a pé até ao centro de Foz Côa onde metemos a conversa em dia na companhia de umas cervejitas no Café Baltazar.

Para nossa surpresa o Zé Figueiredo que, apesar de não vir realizar a actividade, resolveu passar o fim de semana na zona.

Por sugestão de um casal que se encontrava no café fomos jantar ao Restaurante Abade em Junqueira. Em boa hora aceitámos a sugestão porque a posta mirandesa estava magnífica e o preço foi bastante simpático.

De volta à Pousada aproveitámos para desenferrujar as habilidades no snooker antes de deitar.

Pelas 7,30 h de sábado, foi tomado o pequeno-almoço e lá partimos para Barca d’Alva onde deixámos um dos carros junto ao cais, onde se encontravam diversos barcos-hotel ancorados. Daqueles que fazem a descida e subida do Rio Douro para fins turísticos.

Os outros 2 carros serviram para nos deslocarmos para Espanha. Encontrar a estação de La Fregeneda não foi fácil, apesar de termos as coordenadas no GPS. A ajuda de um habitante local foi fundamental, pois não existe nenhuma indicação na estrada.

Chegados a La Fregeneda iniciámos então o percurso pela via férrea em direcção a Portugal.

Apareceu o túnel 1, o mais comprido dos 20 existentes neste troço, onde a utilização das lanternas ou frontais é indispensável. Pode-se caminhar pelas travessas entre os carris conforme sugerem a maior parte das descrições que vimos na net mas é bastante mais confortável utilizar o patamar lateral em pedra e cimento, desde que se vá com cuidado para evitar alguns buracos no piso.

Logo a seguir surge um pequeno pontão com passadeiras transitáveis.

O percurso continua e surge o túnel 2, este curto e sem oferecer grande dificuldade.

O túnel 3, comprido e escuro por ser em curva, encontra-se habitado por morcegos. Bem cedo se ouviu o chiar dos ditos, eventualmente incomodados com a luz dos frontais.

Mais um pouco de caminho e eis que surge a primeira ponte, a Ponte do Morgado. Pode-se utilizar a passadeira de madeira situada no seu lado direito, no entanto, todos resolvemos testar a nossa reacção às alturas passando sobre a viga exposta.  A altura da ponte, a viga estreita e o facto do corrimão ser um pouco afastado da passagem, obrigando a uma leve inclinação do corpo no sentido do abismo, tornou a passagem algo desconfortável. O facto do próprio corrimão apenas servir para equilibrar e não para segurança também não ajudou.

Todos passaram no teste mas uns mais confortáveis do que outros.

No fundo do vale, à nossa esquerda, corria o Rio Águeda, que delimita a fronteira com Portugal. A paisagem é deslumbrante.

O túnel 4 desemboca directamente na Ponte de Pollo Rubio, talvez o local mais fotogénico de todo o percurso. A conjugação da ponte com o túnel, aberto por baixo de um pico da montanha, cria uma imagem de grande efeito.

Mais calafrios na passagem sobre a viga metálica, uma vez que o passadiço em madeira está em franco mau estado.

Surgem depois os túneis 5 e 6 continuando a linha a acompanhar o Rio Águeda que corre lá bem abaixo com cenários realmente espectaculares.

Surge agora novo e grande desafio, a Ponte de Pollo Valente. Uma imponente estrutura metálica em curva, em muito mau estado de conservação. No ponto da curva a viga metálica termina, apresentando um espaço vazio, antes de iniciar nova viga. Os travessões de madeira situados entre os carris encontram-se queimados, não oferecendo alternativa ao salto a efectuar para continuar a travessia da ponte. A passagem pelo lado de fora da curva implica um salto bem maior e bem mais sugestivo.

Houve quem escolhesse essa opção para viver momentos de maior intensidade emocional. Saltar no vazio, com cerca de um metro de distância entre as duas vigas, a várias dezenas de metros de altura, é realmente desaconselhável a quem sofrer de vertigens.

No túnel 7 aproveitámos a sombra para parar um pouco, comer e refrescar que o calor começava a apertar. 

Pelo caminho fomos atravessando mais uns túneis, do 8 ao 11, e encontrando outros montanhistas que faziam a mesma rota  em sentido contrário.

Após o túnel 12 eis que surge a Ponte Arroyo del Lugar, muito comprida, muito alta e bastante desafiante. Aconselha-se a passar pela viga do lado esquerdo, pois a da direita tem alguns troços de madeira queimada que podem constituir problema na passagem.

Quem passou as outras também passa esta! Mas é mais fácil dizer que fazer!

A malvada cabeça a trabalhar a 100 à hora, o medo a tolher-nos os movimentos e as pernas a tremer, fazendo-nos hesitar na altura de dar cada passada. Após imensa luta interior, lá cheguei ao fim com um suspiro de alívio.

Mais uns túneis, onde aproveitávamos para nos refrescar, pois a temperatura agora era superior a 30º C.

Após o túnel 15 surge a Ponte de los Pollos. A passadeira de madeira do lado direito estava em bom estado, parecendo ter sido recuperada. Resolvi passar sobre ela. A maior parte dos colegas de aventura optou contudo pelo lado mais emocionante.

A via férrea desenvolvia-se então por um troço estreito cavado na montanha, repleto de cactos e outra vegetação. Aqui perdemos o rio de vista.

A Ponte de las Almas, também com o passadiço recuperado antecede a passagem pelo túnel 19. Finalmente o túnel 20 e a ponte internacional sobre o Rio Águeda. Neste ponto o rio desagua no Rio Douro.

Os pés doridos de tanto pisar balastro e o corpo desidratado clamavam por uns minutos de descanso e por uma cervejita bem fresca. Saciámo-nos no pátio exterior duma mercearia situada após a antiga estação de Barca d'Alva.

De referir que a estação de Barca d’Alva, donde há 3 anos atrás parti com o Calé para fazermos o troço até ao Pocinho, está agora bastante mais degradada com sinais evidentes de vandalismo, o que é de lamentar.

Recomposto o grupo fomos recuperar os carros deixados em Valdenoguera, assim se chama o local onde fica a estação de La Fregeneda.

No regresso dei boleia a um casalinho de escuteiros que estava a fazer o trajecto de retorno até Barca d’Alva a pé. A jovem ergueu os braços ao céu quando parei, tal a alegria de poupar mais 4 horas de caminho a pé sob intenso calor e ao Sol. 

O final foi uma tasquinha em Celorico Gare, conhecida pelo Amaral (quem mais?), onde umas cervejitas e umas sandes de presunto e queijo deram o ânimo para iniciar a viagem de retorno.

Devemo-nos congratular pelo facto da actividade ter decorrido sem problemas e agradecer a todos por mais uma bela tarde de convívio e camaradagem.


Francisco Soares


04/06/2016

De novo em Drave




No Domingo passado, 29 de Maio, fomos caminhar no PR14, entre Regoufe e Drave, uma caminhada já realizada, muitas vezes, por alguns de nós, mas inédita para alguns dos elementos que se juntaram ao grupo mais recentemente.

O tempo apresentava alguma instabilidade, com muitas nuvens o que não augurava uma actividade tranquila. Logo à chegada a Regoufe começou a chover o que nos obrigou a permanecer nas viaturas durante alguns minutos. 

Terminado o aguaceiro e após confirmarmos que todos tinham protecção contra a chuva lá partimos em direcção à "Aldeia Mágica".

Pelo caminho alguns aguaceiros obrigaram-nos a vestir os impermeáveis, o que se tornou desconfortável atendendo à temperatura algo elevada.

Já em Drave o tempo melhorou e deu para explorar a aldeia e as diversas cascatas da Ribeira de Palhais.
O Tiago, um companheiro de Espinho que se juntou a nós, referiu que já tinha continuado a seguir o rio, e verificou que existem umas pequenas praias fluviais que os escuteiros costumam usar para se banhar.

Alguns dos novos elementos que vieram com o Amaral e que tinham trazido um drone, libertaram-no e fizeram algumas filmagens.

Um montanheiro, que caminhava sozinho pela serra, informou-nos que iria até ao sítio do Pego. Convidou-nos para o  acompanhar.

Sem hesitações, parte do grupo aceitou o convite e acompanharam o Rui, assim se chama o montanheiro, no percurso até ao Pego. O percurso um pouco mais exigente fisicamente tem também mais interesse.

O resto do grupo regressou a Regoufe pelo percurso marcado, o mesmo que percorremos na vinda.

Reagrupámos em Regoufe e lá nos dirigimos a Moldes para acabar a tarde em beleza à volta de uns petiscos bem regados.