Pedalando pelo GR28

A serra a arder perto do Merujal, 07 de Agosto de 2010.

Serra do Gerês

Caminhando entre Garranos, de 07 a 08 de Maio de 2005.

Serra de São Macário

Escalada na Pena, 15 de Setembro de 2013.

Serra da Estrela

I Travessia em autonomia total - Guarda - Loriga, de 12 a 16 de Abril de 2004.

Linha do Dão - Ponte de Nagoselas

Travessia BTT pelas Linhas do Dão e Vouga, de 09 a 11 de Abril de 2009.

Caminhos de Santiago

Travessia do Rio Lires no Caminho de Finisterra, de 29 a 31 de Julho de 2010.

Serra de Montemuro

Nas Minas de Moimenta, 29 de Janeiro de 2011.

Linha do Corgo - Ponte do Tanha

Travessia da Linha do Corgo, de 06 a 10 de Outubro de 2013.

Serra do Caramulo

Nas neves do Caramulo com vista para a Serra da Estrela, 04 de Dezembro de 2010.

Aldeias Históricas

De BTT em autonomia total pelo GR22, de 28 de Abril a 01 de Maio de 2006.

Serra da Arada - De Regoufe a Drave

29/12/2012

Por Terras de Granito


Ontem fizemos provavelmente a última actividade de 2012.

Despedimo-nos assim de forma tranquila a percorrer o Trilho das Terras de Granito em Macieira de Alcôba, nas fraldas da Serra do Caramulo.

O dia esteve fantástico o que permitiu percorrer estes bonitos trilhos com muito prazer.

De 2012 ficam as saudades de bons momentos de convívio e de alguns passeios muito interessantes.

Fica ainda a esperança que 2013 traga um outro dinamismo e muitos e grandes momentos de aventura. A vida não está fácil mas com a nossa força de vontade havemos de conseguir arranjar um tempo e forma de mantermos e até eventualmente reforçarmos as nossas actividades.

A todos os "Espíritos" e amigos um até 2013!

01/12/2012

Regresso à BTT e à Linha do Vouga



Regrssámos à Linha do Vouga para iniciar a nossa preparação para futuras actividades de BTT e pelo caminho aproveitámos  para verificar se existe alguma alteração de vulto no percurso.

Para este primeiro treino de Inverno contei com a companhia do Vicente e da Mariana.

Para além de verificarmos que a forma física está muitos furos abaixo do que esperávamos, constatámos que até as bicicletas estão "enferrujadas".

Os furos abundaram em poucos quilómetros levando-nos a regressar mais cedo do que esperávamos.

Pelo menos os finais continuam em grande forma com umas febras e umas cervejolas a aquecer os corpos gelados. 

Do mal o menos!

18/11/2012

Serra de Montemuro: Minas de Moimenta



Dia fantástico este em que, por "necessidades" diferentes, fomos levados até às Minas de Moimenta na Serra de Montemuro.

Para o Bruno havia que recuperar uma cache que tinha deixado dentro das minas e para mim era a oportunidade de estrear as novas botas de montanha, acabadas de receber. A acompanhar-nos neste percurso foi connosco o Zeca, companheiro do meu Curso de Montanhismo, ministrado pelo NEUA (Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro) em 2002.

Em vez de fazermos o trilho como sempre fizemos resolvemos seguir o percurso pedestre marcado. Em 2006, data da primeira incursão nas minas, não existia qualquer marcação pela zona.

Partimos da povoação da Tulha Nova em direcção às antigas minas de Volfrâmio. Entrámos numa das galerias para constatarmos que o fio condutor que por lá existia se encontrava cortado (ou partido). Ainda nos aventurámos mais uns metros mas não vimos mais vestígios do mesmo, pelo que, resolvemos sair das minas.

Demos a volta e fomos ao ponto de saída onde descobrimos a outra ponta do fio. Seguimos pela mesma até o Bruno conseguir recuperar a cache. O fio também se encontra rebentado pelo que, a "magia" que este percurso tinha com a travessia das galerias ficou bastante limitada.

Seguimos depois em direcção à povoação do Sobrado, subindo uma longa e íngreme encosta que me fez perceber que a forma física está uns furos abaixo do necessário. O percurso continua na direcção de Sobreda, não passando dentro destas povoações.

Dirige-se então para Moimenta atravessando, agora sim, a povoação e seguindo na direcção do lugar das Levadas, uma povoação abandonada mas em excelente estado de conservação. De arquitectura característica da região, em xisto, a passagem nas Levadas é um dos pontos altos deste percurso.

Este percurso merece ser percorrido, pela beleza das paisagens, pela aldeia das Levadas, pela generalidade dos trilhos e quem sabe, em breve, novamente pela travessia da mina.

27/10/2012

Côto do Boi - Serra da Freita



Hoje fui mais o Francisco e o Bruno até à Serra da Freita para mais uma caminhada. Partimos de Albergaria da Serra, seguindo o PR15 durante alguns quilómetros para depois desviar para o Parque eólico do Côto do Boi.
Já há alguns anos que por lá não passava e resolvi ir averiguar como estaria esta parte da serra. 

Até ao local onde antigamente estava o marco geodésico que dá o nome ao local, Côto do Boi, segue-se por trilhos e estradões largos que permitem um bom andamento, mas depois a descida para a linha de água, que abastece a cascata, e o caminho até à aldeia do Cando não tem qualquer trilho.

O mato também cresceu imenso pelo que fomos escolhendo as zonas de rocha para caminhar. As passagens de algumas linhas de água são complicadas pelo mato e pelo tojo agressivo que as rodeia. Por isso lá trouxemos a colecção de arranhões do costume.

Na chegada ao Cando lá descobrimos o velho trilho empedrado que leva à estrada que liga Arouca à serra.

A passagem na povoação do Cando vale sempre a pena e também já por lá não passava à uns anos valentes. Não há muitas alterações naquele pequeno lugar onde, pelo menos na altura, o gado ainda era guardado por baixo das habitações das pessoas. Nessa altura a estrada não passava pela aldeia havendo apenas trilhos e estradões em terra batida.

Subimos depois a serra pelo antigo trilho de acesso e seguimos depois até Albergaria da Serra por outro trilho que nos levou novamente ao PR15. Pelo caminho ainda encontrámos uma víbora que infelizmente não consegui fotografar. Em tantos anos pela serra já vi diversas cobras, de outras espécies, mas víboras foi a primeira vez. Um momento bonito.

15/10/2012

Trilho do Zêzere




No sábado 13, eu (Vicente) e a Mariana fomos até Pedrogão Pequeno onde nos instalámos no Hotel da Montanha, e onde fomos recebidos por uma amiga de longa data que amavelmente nos forneceu toda a documentação necessária sobre os percursos pedestres e outras ofertas de interesse disponíveis na região. Decidimos então que iríamos no dia seguinte fazer o PR2 - Trilho do Zêzere. Aproveitámos o resto do dia para irmos visitar Sertã e Pedrogão Grande, onde a Mariana fez fotografia nocturna.

No domingo o dia amanheceu chuvoso, mas não nos desencorajou de pormos os pés ao caminho e irmos conhecer o "PR2 - Trilho do Zêzere". Com inicio em Pedrogão Pequeno, fomos descendo na direcção do rio, vislumbrando-se as belas escarpas que o ladeiam e as suas águas límpidas. Chegados quase ao leito do rio, aparece a famosa ponte filipina, construída durante a  ocupação espanhola, entre 1607 e 1610, para substituir uma ponte romana da qual existem ainda alguns vestígios submersos, tendo servido como única ligação rodoviária entre Pedrogão Grande e Pedrogão Pequeno até 1954, altura em que foi inaugurada a Barragem do Cabril, que se encontra um pouco mais a montante. O acesso à ponte é feito por calçada de pedra de granito miúda, construída na altura da ponte.

Entusiasmados pela paisagem e já fora do trilho que nos propusemos fazer, iniciamos a subida da encosta que vai na direcção de Pedrogão Grande, onde visitámos dois pontos de interesse: O "Penedo do Granada" em forma de cadeira, local onde Frei Luís de Granada escreveu muita da sua obra, com uma vista magnifica para o rio; e o miradouro mais acima. O caminho segue por calçada com vestígios romanos até á Igreja de Nossa Srª dos Milagres.

Voltámos atrás, tornando a atravessar a ponte filipina e prosseguimos pelo "trilho da levada" que acompanha o rio, na direcção do Moinho das Freiras, passando por um imponente túnel escavado na rocha e que foi construído a fim de possibilitar a passagem de máquinas e camiões para a construção da barragem.
Do Moinho das Freiras apenas ficou o nome, pois só existe um parque de merendas e zona para fazer churrascos.

O trilho afasta-se agora do rio, seguindo a encosta por uma velha estrada de alcatrão e continua por trilho de floresta onde se podem observar diversas espécies de aves, até chegarmos ao lugar de Painho. A etapa final desenrolou-se até Pedrogão Pequeno por floresta sem outros pontos de interesse adicionais, completando o circuito circular.

Passeio interessante, pelos pontos históricos e especialmente pelas paisagens das escarpas sobre esta parte do rio Zêzere, de dificuldade média e que se faz em menos de 3h com uma distância de cerca de 10kms.

07/10/2012

Entre Vilar de Rei e Lagoaça... Linha do Sabor

De novo na Linha do Sabor para percorrer o troço entre Vilar de Rei e Lagoaça.

Após termos percorrido pouco mais de 1,4 quilómetros o leito da via desapareceu e deu lugar a um campo lavrado. Desconhecendo ao certo o ponto da via em que nos encontrávamos tivemos que recorrer a uma carta militar e a um gps de estrada.

A coisa resultou bem, porque com alguma rapidez percebemos onde devíamos estar e por onde devia continuar a via. Atravessando o campo lavrado chegámos ao leito da via que se encontrava intransitável devido ao mato que o cobria.

Fomos contornando a via pelos campos até conseguirmos voltar a caminhar sobre ela.

Até Bruçó a via ora é transitável, ora é impossível fazê-lo, pelo que tivemos que recorrer a caminhos paralelos para caminhar. A Linha do Sabor percorre campos, completamente isolada e nós, pontualmente, víamos algum agricultor de tractor a lavrar o campo, normalmente ao longe.

O calor fustigou-nos todo o dia tornando a caminhada ainda mais difícil.
Entre mato encontrámos novamente caçadores na zona, pelo que cuidámos de nos tornar bem visíveis. Ainda conversámos com alguns que, curiosos, queriam saber o que por ali fazíamos.
 
Continuámos até a uma pedreira que cortava a linha impedindo-nos de seguir pela via. Tivemos que a contornar e retomar a via mais à frente. A via, nesta fase, está bem limpa e permite um bom andamento. A recta que se segue à pedreira é bem longa e permitiu-nos recuperar algum tempo.


Fomo-nos aproximando do final da etapa seguindo a direcção da estrada. A via passa por baixo da estrada sob um pontão e depois segue quase em paralelo à estrada. Torna-se mais um vez intransitável, obrigando-nos a seguir por caminhos paralelos. Este facto fez-nos perder a via de vista. Recuperámos depois o contacto com a mesma mas a chegada a Lagoaça foi complicada. Mato na linha e fora da linha.

Terminámos esta etapa junto à antiga estação.

Está previsto terminarmos as etapas restantes no próximo mês de Novembro.


06/10/2012

Entre Urrós e Vilar de Rei - Linha do Sabor


Mais uma etapa pela Linha do Sabor.

Percorremos hoje mais uns quilómetros desta linha entre Urrós e Vilar de Rei.

Na fase inicial, logo junto à estação de Urrós, a via desaparece e tivemos que improvisar. Acabámos por perceber que a antiga via passava sob o actual IC5 e após a passagem do túnel sob a estrada percebemos que estávamos no caminho certo.

A via hoje já se encontra suficientemente limpa de mato para se poder caminhar à vontade. O percurso decorre quase todo em zonas afastadas da civilização, por entre campos lavrados. Por vezes lá temos que saltar vedações de arame farpado e muros. Vacas e ovelhas são pontualmente a nossa companhia.

A chegada a Variz foi aproveitada para descansar e "almoçar".

Saímos na direcção do Mogadouro, contornando uma serra. Uma carrinha atravessada na via com um caçador armado em cima deixou-nos alerta. Fomos avisados para termos cuidado porque decorria uma montaria ao javali. Aconselhados pelo mesmo seguimos ainda umas dezenas de metros pela via até se ouvir, já perto, os batedores e os cães.

Decidimos abandonar a via e passar a campo aberto na direcção de outros caçadores. Nada como nos verem para não nos confundirem com um javali. Contornámos os caçadores e voltámos à linha junto ao último caçador da montaria. Confirmámos que daí em diante estávamos seguros e seguimos o caminho. Pouco depois os tiros soavam uns atrás dos outros.

Passámos sobre o IC5 e sobre a estrada antiga e entrámos na estação do Mogadouro. Parecia um filme do farwest, tal o estado de abandono do local. Tudo em ruína e abandonado, incluindo uns enormes silos de cereais que se encontram junto da estação. Que tristeza ver este abandono e degradação.

A via desaparece logo após a estação. Tivemos que atravessar um campo lavrado, onde em tempos foi via-férrea e depois quando a esta aparece está cheia de mato.

Até Vilar de Rei pouco caminhámos pelo leito da via e entrámos na aldeia pela estrada. A antiga estação está degradada, para não variar, e encontra-se quase tomada por alguém. A via volta a desaparecer logo após a estação. Apanhámos o carro junto a uma antiga passagem de nível e graças à boa vontade de um popular ainda pudémos visitar a igreja local datada do século XVII.

Amanhã partimos deste ponto até Lagoaça.


05/10/2012

Entre Duas Igrejas e Urrós - algures na Linha do Sabor



Hoje iniciámos a travessia da Linha do Sabor a pé.

Após a primeira etapa, Duas Igrejas a Urrós, a pergunta a fazer é 'onde está a linha?'.

Quase 20 km de caminhada onde pontualmente conseguimos andar pelo leito da via. A via está repleta de mato e balastro, por vezes escondida em campos particulares que nos obrigam a saltar muros e arame farpado. Valeu-nos uma antiga Via Romana que acompanha a linha em grande parte do percurso.

O momento alto foi quando um grupo de transmontanos, que fazia a vindima, nos convidou para comer e beber. Um bom momento a recordar e a demonstrar que temos um povo espectacular.

Estamos bem satisfeitos em cá estar e em andar na descoberta do que em tempos foi uma via férrea.

Amanhã temos outra etapa semelhante entre Urrós e Vilar de Rei. Pelo que vimos vamos ter mais mato e balastro. Vai ser mais um bom momento de aventura e convívio.

Até amanhã.

23/09/2012

Pelo planalto da Serra da Freita

 

Ontem fomos até á Serra da Freita para fazer uma caminhada mais longa. O objectivo era mesmo andar durante algumas horas pelo que decidimos improvisar um trilho pela serra.

Partimos da aldeia de Albergaria da Serra em direcção à Portela da Anta seguindo pelo PR15, depois desviámos apanhando mais à frente o GR28.

Pouco depois de passarmos o monumento megalítico desviámos para Gestoso, passando pelo que resta da Via Romana.

O caminho entre Gestoso e Gestozinho ficou marcado pela travessia de um campo de milho.

Após a passagem pelo lugar de Gestozinho, apanhámos outro percurso marcado em direcção a Bondança e, sem passar pelo lugar, iniciámos a subida da serra, em direcção a Tebilhão.
 
O caminho de pedra que nos leva ao cimo da serra é bonito, mas o pior é que no alto o mato está alto.

Escolhendo o melhor "caminho" possível lá passámos o obstáculo e apanhámos o velho trilho, que mais parece uma linha de água, que nos levou até Tebilhão.

Depois de muitos anos de actividades na zona e de passar por aqui inúmeras vezes, fui espreitar a Carreira de Moinhos de Tebilhão. Três exemplares de moinhos de água, situados mesmo à entrada do lugar, compõem a dita carreira.

Subimos depois pela estrada na direcção do Cando, ainda tentando improvisar um corta mato, mas com resultados desastrosos para as pernas de alguns, devido ao mato abundante e bastante agressivo. Decidimos que a estrada era o mal menor.

A subida foi longa e acentuada e causou algum desgaste. Já no cimo e após descanso decidimos optar pelo plano B que já tínhamos na manga.

Em vez de seguirmos para o lugar do Cando e depois subir ao Côto do Boi resolvemos abreviar caminho seguindo logo na direcção de Albergaria da Serra, por um trilho que nos ligou novamente ao PR15 e daí até ao destino. 

17/09/2012

Pela Serra e pela Mata do Buçaco


Ontem fui com a família fazer uma caminhada pela Mata do Buçaco

O espaço é muito agradável e durante o percurso observam-se inúmeras espécies de árvores e arbustos, provenientes de todo o Mundo, e aqui plantados pelo Monges Carmelitas Descalços, que por aqui viveram desde o século XVII até ao século XIX, altura em que foram extintas as ordens religiosas.
Este lugar, verdejante e cheio de história, reúne um vasto conjunto de património religioso, com ermidas, capelas e outros monumentos que relatam a vida de Cristo e a subida ao Calvário, património militar resultante da Batalha do Buçaco aquando da Terceira Invasão Francesa e património arquitectónico diverso entre o qual sobressai, pela sua beleza, o Palácio do Buçaco, actualmente um hotel.
Depois de caminhar pela mata fui visitar os Moinhos da Portela da Oliveira, um bonito conjunto de moinhos de vento, alguns ainda em bom estado de conservação. Um dos moinhos foi recuperado e é actualmente o Museu do Moinho.

Para acabar e porque a história do Buçaco está fortemente relacionada com a batalha de 27 de Setembro de 1810, fui visitar o museu militar. Apesar de pequeno, alberga algum espólio interessante estando já servido de sistema multimédia que nos relata os aspectos mais importantes das Invasões Francesas, da batalha do Buçaco em si e das forças envolvidas no conflito. No final da visita espreitámos a Capela da Srª da Vitória e Almas, englobada no museu, e que serviu de Hospital de Sangue à data da batalha.

Não podíamos regressar sem ir espreitar o Moinho de Sula, local onde o General inglês Crawford teve o seu posto de comando durante a batalha. Foi neste ponto que se desenrolou grande parte da batalha ganha pelo exército Luso-britânico.

Uma serra a explorar e com muita coisa interessante para descobrir!

15/09/2012

Alcofra - Serra do Caramulo


Continuando pelos percursos de Vouzela, eu e o Francisco, fomos até à Serra do Caramulo para fazer o "PR3 - Trilho da Serra do Caramulo".

Partimos da Torre de Alcofra percorrendo alguns trilhos rurais. Esta fase inicial é agradável, ainda dentro das povoações, com alguns motivos de interesse. Em alguns pontos as marcações deixam um bocado a desejar.

A subida para o lugar de Cimo da Vila peca pela inexistência de marcações que nos fizeram perder tempo a percorrer os diversos trilhos. Encontradas as marcas lá continuámos até à povoação de Casais, passando por uma ponte com aspecto medieval sobre o Rio Alcofra.

A passagem pela povoação de Nogueira marca o fim da zona povoada e a entrada na serra. Primeiro por um bonito caminho empedrado e depois por um pedaço de estrada alcatroada, de grande declive, que nos moeu o corpo.

A entrada na zona do parque eólico fez-se por estradões de terra batida que nos acompanharam por muito tempo, tornando pouco interessante o percurso. É agradável a vista para a serra da Estrela e para o vale que se encaixa entre esta serra e a do Caramulo, bem como a passagem pela capela de São Barnabé. Esta pequena capela surge encaixada entre as rochas num ponto alto e panorâmico.

Continuámos até ao Dólmen da Lapa da Maruje e depois até à barragem de Meruje.

Observado este bonito e tranquilo local, decidimos seguir o "PR2 - Um olhar sobre o mundo rural", evitando, assim, voltar pelo mesmo caminho.

Seguimos a caminhada por caminhos antigos até à povoação da Abelheira e daí por estrada até Cabo de Vila onde tínhamos a viatura.

Esta parte foi longa e bastante tortuosa. O calor, o alcatrão e a longa descida deram cabo dos nossos tornozelos e pés.

No geral o percurso vale por algum património e pontualmente alguma paisagem. 

09/09/2012

Trilho Medieval - Cambra - Vouzela


Eu, o Francisco e o Cardoso fomos ontem até Cambra para fazer um percurso pedestre denominado de "Trilho Medieval".
O percurso é bastante agradável, com muitos aspectos rurais e bastante património.O passeio correu de forma tranquila, num dia quente mas agradável, e foi percorrido em pouco mais de duas horas.
Pelo caminho, para além dos aspectos rurais da zona, pudemos  ver a Igreja Paroquial de Cambra e o Solar de Cambra, com origem no século XVIII, ambos em excelente estado de conservação. A Torre Medieval de Cambra, datada dos finais do século XIII, as ruínas da Fábrica do Queijo (início do século XX) e a Ponte de Confulcos sobre o Rio Alfusqueiro (Século XVIII) foram outros dos monumentos que  visitámos durante a caminhada. Não esquecer a Cova do Lobisomem, uma gruta onde a besta devorava as vítimas que atacava (lendas).
Os aspectos religiosos da população também estão bem marcados nos trilhos através de um conjunto vasto de alminhas, algumas datadas de 1800 (e qualquer coisa).
Não sendo o tipo de percurso que mais gostamos tenho que reconhecer que é um percurso bastante agradável, relaxante e muito interessante a nível patrimonial. O percurso ideal para descontrair ou para levar a família.

 

09/08/2012

Escalada no Caramulo


Após diversas caminhadas e marchas já estávamos com algumas saudades de fazer uma actividade de Escalada. 

Decidimos ir até ao Caramulo para apurar o estado da "Nação" escaladora, após tanto tempo sem ir à rocha. 

Assim o grupo constituído por mim, Pina Jorge, Francisco, Cardoso, Bruno e DJ, iniciou a escalada nas vias mais fáceis, onde o pessoal, menos experiente, recordou como se fazia uma via a abrir.

Até aí a coisa correu bem, depois quando se chegou a vias um pouco mais complicadas já a coisa não foi tão fácil. Mas com mais ou menos luta lá se foram cumprindo os objectivos. Ainda deu para "brincar" em duas vias de graus acima das nossas habilidades, o que é sempre interessante.

No final o que interessava estava realizado e todos estavam satisfeitos e com vontade de repetir. Mais um dia de diversão, bom convívio e de regresso à escalada.

07/08/2012

Nas Escarpas da Mizarela


Aproveitando as férias e para retirar alguns ácidos que ainda habitavam os músculos das pernas, devido ao 'Trilho dos Incas', fui mais o Francisco fazer o percurso 'Nas Escarpas da Mizarela'.

Eu já o fiz algumas vezes, em ambos os sentidos, mas o Francisco nunca tinha percorrido este magnífico trilho.

Assim arrancámos para a Serra da Freita bem cedo e iniciámos o percurso junto ao parque de campismo do Merujal. Caminhámos até à povoação da Mizarela e daí seguimos até às paredes de escalada de Cabaços. Contornámos a serra pelo bonito trilho, exposto ao vale, e descemos até ao lugar da Ribeira.

Pelo caminho, a passagem na ponte junto às cascatas da Ribeira da Castanheira é um dos bons momentos do passeio.

A travessia do Rio Caima, junto à povoação, marca o início da longa e árdua subida de regresso à Mizarela.

A Frecha da Mizarela, a queda de água que é o ex-libris da Serra da Freita, passa a ser a imagem que se nos depara durante esta parte do trajecto. À medida que vamos subindo maior vai ficando a cascata, aos nossos olhos.

Já quase no topo resolvemos descer até ao rio, aproveitando uma espécie de caminho que, de Inverno, será mais uma linha de água. Descemos e acabámos uns poucos metros abaixo da cascata, cujas águas se precipitavam no precipício. Maravilhoso!

Aproveitámos para nos refrescarmos nas águas bem frias, aproveitando uma pequena lagoa. Já no retorno descobrimos uma lagoa bem maior e funda, a aproveitar na próxima ida a este percurso.

Depois foi a íngreme subida até ao miradouro da Mizarela, e daí até ao parque de campismo.

Mais um dia muito bem passado.


05/08/2012

Trilho dos Incas


Partimos para a Serra da Arada na sexta-feira, ao final do dia, e acampámos no Parque da Fraguinha. Pela manhã eu, o Pina Jorge e o Francisco levantámo-nos bem cedo e preparámos o material para uma das mais bonitas caminhadas que se podem fazer na Serra da Arada, O 'Trilho dos Incas'.

Já fizemos este trilho diversas vezes, em ambos os sentidos, de Verão e de Inverno, em autonomia pelo que já sabíamos que não iria ser um percurso fácil, que ia ser um percurso longo e que iriamos penar um bocado para o realizar. A este cenário faltava saber o estado dos trilhos. 

Após a chegada do Amaral e do Luís partimos na direcção do parque eólico que fica em frente à Fraguinha.

Já nas eólicas fizemos a primeira análise do terreno que queríamos percorrer. A decisão foi descer a encosta até ao Pego (a descida é pela famosa formação geológica conhecida pela 'Garra').

A entrada na encosta não foi simpática. Não se vislumbra qualquer trilho, pelo que, fomos escolhendo, por entre o tojo, a melhor forma de descer, utilizando pequenas linhas de água com cascalho, escondidas entre o mato.

Passada esta primeira parte, e já em plena encosta, seguimos pela sua cumeada seguindo algumas mariolas que já não indicam caminho nenhum, mas ajudam  na orientação.

A encosta desce constantemente mas na fase final a descida é mesmo acentuada, já com o Rio Paivô e o lugar do Pego à vista. Nesta parte a descida tem que voltar a ser improvisada por entre o tojo, tendo como objectivo alcançar o rio.

Chegados ao rio e após um breve descanso, para comer e beber qualquer coisa, iniciámos a subida ao Alto de Regoufe, passando pelo Pego, pela velha e degradada ponte de madeira e subindo a longa e íngreme encosta, que fica no lado oposto ao caminho que descemos.

Já no alto descemos para a povoação de Regoufe. Ainda subimos a aldeia para beber uma cervejinha fresquinha e arranjar água, mas o café estava fechado. Isto não ajudou a animar o grupo já cansado.

Continuámos em direcção a Covelo de Paivô pelo trilho empedrado. Esta parte do percurso, apesar de bonita, moeu a paciência do grupo. O facto de ser quase sempre descendente fez doer joelhos e tornozelos. Na passagem em Covelo aproveitámos para encher as garrafas, já quase vazias, com água de um fontanário.
O calor, a subida que se avizinhava e as horas de marcha ainda a fazer aconselhavam vivamente a que todos tivessem água em abundância.

Descemos ao rio Paivô e antes da subida deliciámo-nos com um belo e refrescante banho. Foi um bom momento de relaxe que ajudou a baixar a temperatura dos corpos e a aliviar um pouco os músculos doridos.

O pior viria a seguir, após atravessar o rio e iniciar a subida pela encosta que nos levaria à Póvoa das Leiras (novamente pela famosa 'Garra').

A subida na fase inicial é terrível. Começa num ziguezaguear para depois passar a subir na 'vertical'. Durante uns bons e largos minutos aquela subida interminável desgasta qualquer um. Finalmente começa a contornar a serra dando lugar ao velho trilho de pé posto.

Claro que a subida não acaba ali. Agora só nos restava subir toda a encosta até entrarmos na parte do caminho que dá o nome ao passeio. O 'Trilho dos Incas'.

Esta parte foi delicada, dado que um dos elementos começava com dificuldades acrescidas e com problemas físicos. E o panorama do que faltava não era muito animador.

Com muita força de vontade e com espírito de grupo lá fomos subindo, parando para descansar e refrescar, e voltando a subir até à mariola que nos indica o desvio para o trilho que nos levaria à Póvoa das Leiras. Dado o estado físico do nosso companheiro de aventuras, dois dos elementos seguiram para a Fraguinha enquanto os outros seguiram mais calmamente até à povoação da Póvoa das Leiras.

Para cúmulo até o café da povoação estava fechado. O desejo de uma cervejinha geladinha não era para ser concretizado neste passeio.

Ao todo foram 9 horas de marcha dura para quem ficou na Póvoa das Leiras e 10 horas para os que foram à Fraguinha buscar os carros.

Estou certo que, tal como das outras vezes, o 'Trilho dos Incas' deixou marcas em todos os participantes, mas também é um passeio de excepção. Vale pela beleza das paisagens, pelos trilhos que percorre, pelas zonas onde não há trilhos e pelo esforço físico e até psicológico a que somos submetidos.

A repetir? Mal seria que não!


28/07/2012

Pelas Veredas do Pastor


O Amaral foi fazer o trilho denominado "Nas Veredas do Pastor", na Serra da Freita, com um grupo de amigos e eu, o Francisco e o Bruno juntámo-nos ao grupo. Com o Bruno foram também dois amigos dele, a Maria e o José Carlos.

Ao todo 13 elementos percorreram este belo trilho, com uma paisagem muito interessante.

A passagem na aldeia da Lomba, que conserva ainda algumas das suas características rurais e rústicas, permitiu refrescar as gargantas no café local.

A subida ao Côvo, lugar donde partimos para este passeio é que foi um pouco mais dura. Inicia-se a subida na aldeia da Lomba para nunca mais parar até chegar ao destino. Em alguns momentos a subida é bastante acentuada o que aliado ao calor que se fez sentir fez transpirar abundantemente os caminheiros.

Para mim, e sendo esta a terceira vez que faço este percurso, o mais importante era apurar do estado do trilho dado que, na última vez que por lá caminhei a serra se encontrava toda queimada. O que pude verificar foi que ainda existem marcações desaparecidas, alguns trilhos tapados com restos de árvores e mato, mas nada que impeça a realização do percurso. No entanto pode dificultar a vida a caminheiros menos experientes e mais dependentes das marcações.

De qualquer modo a actividade correu muito bem e toda a gente esteve bem à altura do desafio. No final a tão tradicional ida a Chão d'Ave para retemperar as forças.





21/07/2012

Trilhos de Água


Este passeio "inventado" por nós em 2001 continua a ser um dos que mais gosto de fazer.

A última vez que por lá passei, em 2011, verifiquei que a antiga saída do Rio Paivô estava tapada por mato denso, facto que nos obrigou a subir a encosta para conseguir passar para o trilho de regresso a Regoufe. Na semana passada pude constatar que tudo se mantém e, por isso, senti a necessidade de arranjar uma nova forma de poder percorrer este trilho saindo por um outro qualquer local. 

Hoje surgiu a oportunidade para verificar a nova saída do rio quando o Francisco me desafiou para uma caminhada. Ainda tentei arranjar mais voluntários mas sem qualquer sucesso.
 
Assim partimos apenas os dois para Regoufe e após a famosa subida ao Alto de Regoufe iniciámos a descida para o lugar do Pego. Pelo caminho constatámos mais umas parvoíces evolucionistas destes (des)governantes locais, que pelos vistos, agora querem fazer estradões pela serra toda. Será que ninguém pára esta gente de vez?

Descemos depois ao Rio Paivô onde as primeiras lagoas nos aguçaram o apetite para um belo banho.

Resistimos mais um pouco, ultrapassando primeiro o obstáculo causado pela represa que forma uma cascata. Já no leito do rio tirámos as botas e equipámos para melhor poder "caminhar" pelo rio e pela água.

A beleza continua a deslumbrar quem por lá passa e a calma e tranquilidade do local apenas é quebrado pelo cantar das cigarras e pelo correr das águas. Divinal!

Fomos caminhando lentamente, umas vezes pelas rochas, outras pela água, sempre com o cuidado que as pedras escorregadias exigem.

A chegada à Ponte de Xisto é sempre um marco do trilho e desta vez era a nossa saída do leito e regresso a Regoufe. Pelo menos era essa a nossa nova solução.

Antes de sairmos decidimos fazer mais umas dezenas de metros para usufruirmos da melhor lagoa do percurso. Assim o fizemos, tomando um belo banho refrescante. Aproveitámos ainda esses momentos para descansar um pouco. A saída do rio prometia um belo esforço.

Regressámos à ponte e iniciámos a longa e íngreme subida. Após a subida de um primeiro patamar rochoso pudemos observar o trilho de Drave lá bem em cima. O calor apertava e, por esse motivo, a subida foi feita devagar e com algumas pequenas paragens. A chegada ao Alto de Regoufe foi recebida com agrado.

Depois foi só descer até à povoação de Regoufe e parar no novo café para beber uma cervejinha bem gelada. 

Mais um bom momento nesta serra, para repetir sempre que possível.