Devido a ir participar noutro evento local, o Amaral propôs-nos realizar a caminhada pelo Canhão do Tera em Sanabria, percurso que ainda nos faltava percorrer.
A actividade, realizada no sábado de 12 de Agosto, teve larga participação, contando com os seguintes elementos: Sãozita, Sara, Patrícia, Diana, Amaral, Pina Jorge, Francisco, DJ, Zé Figueiredo e esposa, a Luz, que apenas acompanhou o marido em passeio.
A reunião decorreu na sexta-feira durante o jantar
no Don Pepe. Após a refeição deslocámo-nos até ao pub Pilas na Mesquita onde esperámos pelo Amaral que tinha estado em reunião
com os companheiros da caça.
No percurso principal, atendendo a época do ano em que nos encontramos, o rio não tem
grande caudal mas em 1959 o rio causou uma grande catástrofe que a seguir se relata:
“Construída
entre 1954 e 1956, a barragem de Vega de Tera, com 200 metros de
comprimento e 33 de altura, foi inaugurada
por Francisco Franco em 25 de Setembro de 1956. Esta barragem teve uma
vida curtíssima: em 1959, fortes chuvas e temperaturas extremas (-18 °C)
abateram-se sobre a Serra de Peña Trevinca. Estas condições, aliadas à
muita água acumulada na albufeira da barragem,
levaram a que uma brecha de 70 metros de comprimento e 30 de altura se
abrisse, deixando que uma torrente de 8 mil milhões de litros de água se
abatessem pelo desfiladeiro do rio Tera. Os oito quilómetros do
desfiladeiro foram ultrapassados pela água, lama,
rochas e árvores da torrente em 20 minutos. Pelo caminho, a aldeia de
Ribadelago foi apanhada desprevenida, resultando da imensa torrente a
destruição de 145 das 170 habitações que existiam, e a morte de 144
habitantes que não conseguiram refugiar-se em pontos
altos. A corrente chegou a atingir nove metros de altura.
Apenas 28 corpos foram resgatados, os restantes desapareceram para sempre no fundo do Lago de Sanábria, onde a imensa torrente
desembocou logo a seguir à destruição de Ribadelago.
A aldeia foi reconstruída, sendo hoje bem visíveis testemunhos da noite fatídica: ruínas de casas e da igreja matriz, a
par da estrutura da barragem, a montante, no silêncio da serra.”
Fonte: Wikipedia
Voltando ao trajecto este é
simplesmente lindíssimo, inclui muitos pontos de interesse junto do curso de água, com diversas lagoas, quedas de água e
vegetação que levaram os caminhantes a dar por bem empregue o tempo que ali estavam a passar.
Um pouco antes deste
pico, e por indicação de outros caminhantes que por nós passaram,
desviámos um pouco do trilho e fomos até uma bonita lagoa onde alguns
de nós aproveitaram para tomar banho.
Retomado o trilho,
continuámos a subir e passámos por alguns abrigos de montanha; o calor
começava a apertar e as paragens eram mais frequentes para hidratação e para reagrupar.
O grande final foi num
bar junto ao Lago de Sanabria onde as cervejas, servidas em canecas
“mesmo” geladas, fizeram explodir sorrisos e exclamações de satisfação.
A repetir? Não sei, mas
desde a primeira vez que fui para aqueles lados fiquei fã dos percursos
naquela zona, pelo que é bem provável.
Francisco Soares
1 comentários:
É sinceramente para repetir escolhendo uma altura em que o Tera tenha mais água
Enviar um comentário