Serra da Arada - De Regoufe a Drave

20/04/2015

Caminhando pela Bélgica (GR12) - 1ª Parte


No Sábado passado eu e a Natália iniciámos uma caminhada pelo GR12.

Esta Grande Rota que liga Amesterdão a Paris passa por Bruxelas. Por esse motivo decidimos iniciar o troço que liga Bruxelas à fronteira francesa em Moulin-Manteau.

Não sabemos quantos quilómetros vamos conseguir percorrer, uma vez que à medida que nos formos afastando da cidade a parte logística se irá tornar mais difícil.

Cada etapa implicará um bom estudo para tentar encontrar soluções de ida e de volta, no início e final de cada etapa. O recurso a comboios e autocarros será porventura a solução a adoptar.

Esta fase inicial, por decorrer essencialmente em ambiente urbano, implica muita atenção à sinalética. Esta encontra-se nos caixotes do lixo, nos varões dos sinais de trânsito e árvores. Pontualmente e dependendo das zonas podem aparecer em placas de sinalização.

Iniciámos o percurso junto ao famoso Atomium, em Heizel, onde perdemos algum tempo na procura das famosas marcas dos percursos de Grande Rota. Encontradas as mesmas lá iniciámos a caminhada.

Passámos por alguns lagos onde os patos se banhavam e por alguns dos caminhos do Parque  d'Osseghem, criado para a Exposição Universal de 1935 e uma das principais atracções da Expo 1958. Pelo caminho pudemos ver o monumento a Adolphe Max, um ministro e burgomestre da cidade de Bruxelas durante a época da Primeira Guerra Mundial.

Após sairmos do parque d'Osseghem  entrámos no Parque de Laeken.

Este parque de dimensões apreciáveis levou-nos ao Castelo Real de Laeken. Pelo caminho passámos pelo monumento a Leopoldo I, Rei Belga entre 1831 e 1865, ano da sua morte.


O castelo, residência habitual dos Reis da Bélgica, não se encontra aberto a visitas, mas as visitas às estufas reais são permitidas durante um pequeno período de tempo em cada ano. Ao chegarmos ao castelo, mais palácio que castelo, verificámos que estava na época das visitas. Aproveitámos para visitar as estufas.

Por 2€ cada mais 1€ para um folheto explicativo lá entrámos na grande propriedade e lá iniciámos a visita às estufas.  A zona dos jardins do palácio são vastas, muito bem tratadas e bonitas, com arvoredo, zonas relvadas e alguns lagos. Ao longe vê-se o pavilhão Japonês que parece estar englobado na área do palácio. As estufas ocupam uma zona vasta no interior de edifícios antigos, de estrutura metálica e formas arredondadas e sumptuosas.

O problema da visita é a enorme quantidade de turistas idosos, em especial asiáticos, que entopem os apertados corredores, o que não permite que se apreciem as inúmeras espécies que se distribuem por diversas salas temáticas.

Terminada a visita saímos do palácio e seguimos na direcção do Cemitério dos Artistas. O percurso não entra no cemitério, mas na passagem é possível observar as lápides antigas, artísticas e algumas mesmo imponentes de personalidades marcantes da sociedade Bruxelense.

Logo após o cemitério encontra-se a bonita Igreja Real de Notre Dame de Laeken, datada do Séc. XIX. 

Seguimos viagem atravessando a ponte sobre o canal para a praça J. de Trooz e daí passámos a uma zona de grandes edifícios, provavelmente de grandes escritórios, onde pequenos parques, ornamentados de esculturas modernas, permitem zonas de descanso e lazer.

Passa-se ao lado da Gare do Nord, estação ferroviária e daí segue-se até à Av. Rogier.

Nesta altura, por não se ter preparado a actividade devidamente, ficámos sem bateria na máquina fotográfica e em ambos os telemóveis. Decidimos acabar a actividade e regressar a casa.