Serra da Arada - De Regoufe a Drave

23/04/2015

Caminhando pela Bélgica (GR12) - 2ª Parte



No Domingo, devido ao facto de não termos ficado satisfeitos com o pequeno percurso efectuado no dia anterior, continuámos o percurso.

Regressámos ao local onde tínhamos terminado no dia anterior e daí deslocámo-nos até ao Jardim Botânico. Apenas passámos pelo jardim, onde abundam estátuas em bronze representando animais e figuras humanas e seguimos na direcção da mais bonita catedral que conheço em Bruxelas, a Catedral de Saint Michel et Gudule.

Pelo caminho passámos pela Place des Barricades e depois pelo monumento ao Soldado Desconhecido e Chama da Memória. Um bonito e imponente monumento em memória dos soldados belgas mortos durante a primeira guerra mundial.

Na passagem junto à catedral foi possível encontrar as placas de vários percursos de Grande Rota, tais como o GR126 que liga Bruxelas a Membre-sur-Semois (Namur) e o GR579 que liga Bruxelas a Liège.

Esta catedral vale bem uma visita, coisa que não fizemos nesta caminhada, mas já o fizemos por diversas vezes. Numa das quais pudemos apreciar um momento musical tocado no monumental órgão de tubos da igreja.

O percurso continua depois pelas Galerias Saint-Hubert e pela famosa Grand Place. Esta praça está rodeada de diversos edifícios de grande beleza arquitectónica.

Na Grand Place fomos visitar o Museu da Vila de Bruxelas onde se pode ver para além da história da cidade, uma exposição dos fatos do ex-libris da cidade, o "Manneken Pis". Neste momento o Museu exibe uma exposição sobre a ocupação alemã na cidade, durante a Primeira Guerra Mundial.

Saímos depois da praça  junto ao monumento  a Everard t'Serclaes, herói que expulsou os Flamengos da cidade quando estes ocuparam a mesma em 1356. Daí até ao famoso monumento do "Manneken Pis" é um saltito. Tirar uma fotografia do menino que faz xixi é obrigatória a qualquer turista e não é coisa fácil de obter, perante o número de visitantes.

 Parámos para comer junto à Igreja de Notre Dame do Petit Sablon, do Séc. XV/XVI.

Seguimos depois pela Praça do Petit Sablon, um pequeno jardim murado no qual se podem observar 48 estátuas dedicadas às profissões. No seu interior existem 10 estátuas de figuras importantes do Séc. XVI (políticos, intelectuais e artistas). Em destaque, no fontanário, as imagens dos Duques Edgmont e Horne, símbolos da resistência contra a tirania espanhola durante a chamada Revolta Holandesa.

Continuando pela cidade chegámos ao Palácio da Justiça, dois enormes edifícios, actualmente em recuperação, e daí à Praça Polaert, nome do arquitecto construtor do dito palácio.  Na praça existe um monumento dedicado aos soldados belgas de Infantaria mortos no decorrer das duas guerras mundiais. No outro extremo tem também um memorial Anglo-Belga, representando o agradecimento britânico ao apoio dado pelos belgas aos prisioneiros ingleses, no decorrer da Primeira Guerra Mundial.

Da praça, situada num ponto alto da cidade,  é possível ter uma panorâmica sobre a cidade de Bruxelas.

Descemos pelo elevador para a praça Bruegel e seguimos para Porte de Hal. Pelo caminho saímos do percurso marcado para ir ver uma brocante (feira de móveis e velharias) muito comum aqui em Bruxelas, e que decorre em certos Domingos em diversas praças da cidade.

Regressámos ao "trilho" antes de chegarmos a Porte de Hal, um dos últimos vestígios da muralha exterior que cercava a cidade. Construída em 1381 deixou de ter função militar em 1564. Nesta zona da cidade o ambiente é puramente português, dado que grande parte da comunidade portuguesa se encontra aqui instalada. Nos cafés a Sagres e a Super-Bock podem ser observadas nas mãos de compatriotas sequiosos. Estamos em Saint-Gilles.

Ainda em Saint-Gilles visitámos a igreja local.

Começámos a sair das zonas históricas para passarmos a andar pelos subúrbios da cidade.

Atravessámos o Parque da Floresta, que sendo verde está longe de ser dos mais bonitos ou bem tratados da cidade. De seguida atravessámos outro parque, o Parque de Duden, algo semelhante ao anterior.

O percurso seguiu depois por zonas de pouco interesse que, ao Domingo, são apenas dormitórios sem movimento. A chegada à "Place des Héros", mais um monumento dedicado aos mortos da Primeira Grande Guerra, quebrou um pouco a rotina.

Daí saímos por um caminho empedrado escavado naturalmente entre o arvoredo, o "Chemin du Crabbegat". O caminho dá um sabor a zona florestal e termina entre vivendas. O restante percurso volta a ser desinteressante. Caminhámos por zonas verdes, de casas e vivendas ajardinadas até à estação ferroviária de Uccle-Calevoet, onde terminámos a actividade.

Dezoito quilómetros de percurso que permitiram ver diversos aspectos muito diferentes de uma grande cidade como é Bruxelas. Se juntarmos os cerca de 6 quilómetros do dia anterior podemos dizer que já caminhámos por toda a cidade. Preparamo-nos agora para sair da zona urbana e encontrar as zonas campestres e florestais que cercam a cidade. A ver vamos o que nos espera.

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