Pedalando pelo GR28

A serra a arder perto do Merujal, 07 de Agosto de 2010.

Serra do Gerês

Caminhando entre Garranos, de 07 a 08 de Maio de 2005.

Serra de São Macário

Escalada na Pena, 15 de Setembro de 2013.

Serra da Estrela

I Travessia em autonomia total - Guarda - Loriga, de 12 a 16 de Abril de 2004.

Linha do Dão - Ponte de Nagoselas

Travessia BTT pelas Linhas do Dão e Vouga, de 09 a 11 de Abril de 2009.

Caminhos de Santiago

Travessia do Rio Lires no Caminho de Finisterra, de 29 a 31 de Julho de 2010.

Serra de Montemuro

Nas Minas de Moimenta, 29 de Janeiro de 2011.

Linha do Corgo - Ponte do Tanha

Travessia da Linha do Corgo, de 06 a 10 de Outubro de 2013.

Serra do Caramulo

Nas neves do Caramulo com vista para a Serra da Estrela, 04 de Dezembro de 2010.

Aldeias Históricas

De BTT em autonomia total pelo GR22, de 28 de Abril a 01 de Maio de 2006.

Serra da Arada - De Regoufe a Drave

29/04/2017

Por serras de Sanabria em Espanha





Aproveitando o feriado do 25 de Abril eu o DJ e o Luís Sousa partimos no sábado de manhã rumo a Vigo (de Zamora), um pouco a Norte de Pueblo de Sanabria. 

Chegados à localidade, almoçámos e partimos para fazer a primeira caminhada denominada de "Cascadas de Sotillo".

Baseados na experiência do DJ, que já conhecia a zona e os percursos, para além de estar apetrechado com os mapas, não foi difícil encontrar o início, em Sotillo de Sanabria.

O percurso tem cerca de 8 km com um desnível não muito elevado até um máximo de 1375m de altitude. O caminho é empedrado até às cascatas que dão origem ao nome do percurso. A cascata, segundo o DJ, encontrava-se com pouca água o que, no entanto, não retirou a beleza ao local.

O regresso foi uma excelente surpresa devido à diversidade e à beleza da flora e dos riachos e penedos por onde passávamos. Creio que é considerado um dos percursos mais bonitos da zona e com razão.

Acabado o percurso era hora de passar no supermercado para adquirir alguns mantimentos necessários, o que fizemos da povoação de El Puente. Por lá aproveitámos para beber uma caña (cerveja).

O jantar foi no Bar La Terraza em San Martin, onde nos deliciámos com um chuletón de ternera depois duma entrada de habones de sanabria, realmente espectaculares.

Decidimos no domingo fazer a caminhada mais dura, "De Peces a Peña Trevinca".

Bem cedo, que as indicações eram de 10 horas de caminhada, partimos para a lagoa dos Peixes, onde deixámos o carro. Iniciámos o percurso, com 25 kms de extensão (ida e volta) e com grau de dificuldade muito elevado. Viríamos a perceber o porquê mais tarde.

Os primeiros quilómetros são em subida ligeira tendo passado por algumas manadas de vacas que pastavam sossegadamente.

Quando começámos a descer, uns quilómetros depois, apareceu, do nosso lado esquerdo, um lago muito bonito que recebe e contém as águas do Rio Tera, o qual se estende por um vale glaciar lindíssimo, a fazer lembrar algumas cenas do filme "O Senhor dos Anéis".

A paisagem é realmente de estarrecer!

A descida até ao vale ainda demorou algum tempo, o qual aproveitamos para ir apreciando a beleza do lago e do próprio vale. Lá encontrámos uma nascente, com indicação de água não tratada, que nos viria a ser muito útil na vinda.

Passámos por um refúgio de montanha e seguimos pela parte mais baixa do vale, onde atravessámos uma ponte de pedra e vários pequenos regatos que formam o Rio Tera.

No fim do vale já se viam as montanhas, ainda com neve, e o pico mais elevado, Peña Trevinca com 2127 m de altitude.
 
A grande dificuldade começou quando faltavam apenas 1800 m para o cume, onde passamos de uma cota de 1650 m para os tais 2127m. A subida é muito acentuada, o frio começa a apertar e o ar a rarear, o que torna penosa esta parte do percurso. 

Já sem a presença do guia DJ, optámos por subir pelo lado esquerdo até ao cume, numa zona onde ficamos mesmo ao lado da enorme escarpa e onde tivemos, por vezes, que escalar as pedras para vencer os desníveis.

Tendo o DJ ficado um pouco para trás, eu e o Luís chegámos vitoriosos ao cume, onde as fotos da conquista foram tiradas.

Apreciada a paisagem a 360º, era altura de esperar ou procurar o DJ, cujo último contacto visual tinha sido junto a um pedaço de gelo a meio da encosta, onde dois casais jovens se lhe tinham juntado. Como estava atrasado, resolvemos almoçar um pouco abaixo do cume, numa zona mais abrigada. 

Depois de mais de meia hora de espera, sem sinais do DJ, começamos a ficar preocupados e desatámos aos gritos chamando pelo seu nome, sem obter qualquer resposta.

Descemos mais um pouco, cada vez mais preocupados e a pensar o que fazer. Tínhamos ainda várias horas de caminhada para regressar e sendo então 15 horas a situação poderia ficar complicada.

Finalmente vi um vulto a cerca de 200/300 metros, numa encosta acima de nós, que me pereceu o nosso companheiro. Mais uns largos minutos de espera e lá apareceu o desejado DJ a quem abraçámos.

Tinha ido até ao cimo, chegando primeiro que os dois casais que o tinham ultrapassado e a quem deu indicações de como lá chegar. Na volta, decidiu vir por um sítio mais complicado, entre duas placas de neve, o que o fez demorar mais tempo.

Juntos de novo e agora inseparáveis, regressámos pelo vale, onde começámos a pagar o desgaste físico sofrido na íngreme subida a Peña Trevinca. A velocidade de progressão era cada vez menor.

Chegámos ao fim da caminhada, embora o DJ e o Luís tivessem que reabastecer na nascente de água não tratada depois do abrigo de montanha.

Chegados a casa, um bom banho e o tratamento de algumas mazelas, fizeram esquecer a dureza do percurso. Fomos jantar a outro restaurante de San Martin, onde assistimos ao Real Madrid - Barcelona que passava na TV. 

Para o dia de 2ª feira, o DJ optou por se reservar de fazer qualquer actividade mas eu e o Luís fomos fazer a última caminhada, de dificuldade média/alta, denominada "Los Cañones del Cárdena y Segundera" com cerca de 12,5 Km, com partida e chegada em Ribadelago, na ponta Oeste do Lago de Sanabria.

Esta povoação sofreu uma catástrofe em 9 de Janeiro de 1959, quando uma ruptura na barragem de Vega de Tera inundou e arrasou a povoação ceifando a vida a 144 dos seus habitantes.

Partindo duma cota de cerca de 1000 metros fomos subindo a montanha pelo lado esquerdo do Rio Cárdena até ao embalse do mesmo nome, seguido da passagem pela Lagoa Roya e pelo embalse Guarandones. Chegámos a atingir uma cota de 1637 m com vistas muitos bonitas sobre os lagos e arredores.

A descida, mais curta em comprimento portanto mais inclinada, foi penosa devido à maior parte do piso ser em pedra solta o que obrigou os joelhos a esforço redobrado e os pés a ficarem massacrados.

No fim o DJ, que tinha ficado a recuperar em casa, veio-nos buscar e levou-nos de volta para um merecido descanso antes do jantar.

Para a refeição da noite, demos uma volta por El Puente mas resolvemos ir até Puebla de Sanabria onde optámos pela Posada de Sanabria, um restaurante junto ao Castelo, onde não nos arrependemos do belo solomillo de corzo com boletus, uns cogumelos típicos da zona.

No último dia fizemos novamente uma visita a Puebla de Sanabria, agora com mais detalhe, incluindo uma visita ao castelo/museu e aproveitámos para comprar uns produtos típicos da terra, habones e boletus.

Ficámos com grande curiosidade de fazer outros percursos na zona, nomeadamente o canhão do Tera, actividade a programar para outro fim de semana comprido.

Francisco Soares

 

13/04/2017

Serra de Montemuro - Minas de Moimenta



No passado Domingo reunimo-nos em Arouca para mais uma actividade.

O grupo foi constituído pelo DJ,  Zé Figueiredo,  Francisco, Tiago e, pela primeira vez connosco, a Fernanda e o Coelho.

Tomado o café e o inevitável pastel de nata, partimos em direcção a Tulha Nova, início do percurso que resolvemos fazer, o "PR2 de Castro Daire".

O percurso está bem marcado e ainda bem vivo na nossa memória, uma vez que o realizámos em Novembro de 2015. 

Passámos pela Capela de São Martinho, situada no cima do monte, e de seguida chegámos à ponte sobre o Rio Tenente e ao caminho empedrado que antecede as Minas de Moimenta.

Na entrada das Minas verificámos que o fio condutor ainda se mantinha por lá, pelo que, resolvemos entrar e explorar algumas galerias mineiras. Por vezes o fio encontra-se partido, mas procurando com atenção e com cuidado volta a surgir mais à frente. Esta parte do percurso é sempre entusiasmante, requer alguma agilidade e algum cuidado quando as galerias ficam mais baixas.

Não fosse ter ido de capacete e teria ferido a cabeça quando bati com ela num dos tectos baixos da galeria. Aconteceu isso da última vez.

O trajecto dentro das galerias ainda demora cerca de 20 minutos e, tal como esperávamos, na parte final da galeria, onde já não existe o fio condutor, encontrámos a luz que indica a saída das galerias. 

Algumas galerias encontram-se cheias de água valendo umas pedras no solo para quase conseguirmos passar sem molhar os pés.

À saída das galerias retomámos o trilho para iniciar a penosa subida para a povoação de Sobrado. Durante a subida tem-se uma vista esplêndida sobre todo o vale e as várias aldeias vizinhas.

Até Moimenta a caminhada continuou sem problemas de maior a não ser o calor que começava a apertar. Na aldeia resolvemos fazer uma paragem estratégica no Café "O Emigrante" para uma merecida e refrescante cervejola.

Após descansarmos seguimos na direcção da povoação das Levadas, uma aldeia com casas em xisto, supostamente abandonada. Um cão serra da estrela recebeu-nos com ar agressivo, mas afinal apenas queria “meter conversa”.

O caminho seguiu depois pelas várias levadas que provavelmente deram nome à localidade e, sem dificuldade de maior, chegámos junto dos carros.

Partimos depois para Alvarenga para o merecido bife.

Francisco Soares

28/02/2017

Nas Escarpas da Mizarela...


Este fim de semana fomos até à Serra da Freita para voltar a realizar o percurso 'PR7 - Nas Escarpas da Mizarela'.

Partimos do café da Mizarela, situado nas proximidades da Cascata da Frecha da Mizarela. 

O tempo fresco ajudou bastante mas a descida para a povoação da Ribeira continua a ser penalizadora para os joelhos e tornozelos.

Devido ao facto das pedras se encontrarem molhadas dobrámos o cuidado ao descer por elas, na tentativa de evitar escorregadelas perigosas. Descer nestas condições aumenta, no entanto, o desgaste físico.
 
O caminho continua bem marcado, mas muita da vegetação e das velhíssimas árvores, foram destruídas pelos incêndios do último Verão, o que se torna deprimente. A paisagem em redor está desoladora tal a devastação provocado pelos incêndios.

Contudo a água que corre em abundância no rio Caima, à qual se juntam as águas das ribeiras de Cabaços e da Castanheira, continua a proporcionar paisagens deslumbrantes. 

Chegados à povoação da Ribeira parámos para descansar e comer algo retemperador, preparando assim a difícil subida que se avizinhava. 

Durante a subida encontrámos vários grupos de caminhantes, uns fazendo no mesmo sentido que nós, outros em sentido contrário.

Normalmente optamos por fazer o percurso no sentido dos ponteiros do relógio, começando por Cabaços, seguindo na direcção da Castanheira, descendo depois ao lugar da Ribeira para subir de frente para a Cascata da Frecha da Mizarela. Assim aproveitamos essa vista espectacular para a cascata.

Resolvemos, já quase no fim da subida, descer até às fabulosas lagoas situadas na base da cascata. A descida complicada de fazer e depois a subida não menos difícil, dada a enorme inclinação do terreno, é sempre um belo desafio.

Terminado o percurso dirigimo-nos a Arões onde, para além da bela comida, também pudemos usufruir de uma bela paisagem.

21/01/2017

PR10 - Percurso da Nossa Senhora das Colmeias (São Pedro do Sul)




Percurso inaugurado há poucos meses acabou por despertar a nossa curiosidade, levando-me a mim, ao DJ e ao Cardoso a ir conhecê-lo, no passado fim-de-semana.

Antes de iniciarmos a actividade parámos em Cobertinha para o cafezinho matinal onde a proprietária nos colocou ao corrente da situação da aldeia. Igual a tantas outras povoações do interior de Portugal, apenas por lá habitam alguns seniores. Os filhos e netos tiveram que emigrar condenando estas terras ao abandono.
 
Um pouco à frente do café lá estava o parque desportivo com a placa indicativa do início do percurso.

Apesar do frio lá partimos seguindo as indicações, bem visíveis e com aspecto de novas, tudo muito bem marcado em pedras, em placas verticais de madeira ou mesmo nas árvores, predominantemente pinheiros.

A paisagem é bonita e o facto de o percurso estar bem marcado não nos causou qualquer problema até chegarmos à capelinha que dá o nome ao percurso. Nela tirámos uma foto de grupo.

Mais à frente e subindo um pouco, encontrámos o Penedo do Perigo, um enorme bloco de pedra associado a uma antiga lenda. A partir daqui deixámos de encontrar indicações do trajecto. Cremos que o facto de encontramos indícios de corte recente de várias árvores poderá ter sido a causa.

Depois de algum tempo de procura, avistámos um pequeno passadiço de madeira o qual associámos ao percurso e daí ao Miradouro dos Mouros, do qual se pode ter uma vista soberba sobre a paisagem circundante.

Retomado o caminho, novamente bem indicado, descemos até um riacho com umas poldras. A partir daí o percurso é um pouco aborrecido, por nos obrigar a dar voltas desnecessárias para passar em sítios onde na nossa opinião não justificam o esforço extra.

Já na parte final, resolvemos seguir por um atalho para  visitar apenas as pedras escritas evitando o que nos parecia mais um desvio escusado.

Infelizmente não encontrámos as tais "pedras escritas". Ao chegarmos à estrada, junto ao café, encontrámos o promotor do percurso a quem informámos da falta de sinalização entre o Penedo do Perigo e o Miradouro.

Com a informação da localização das tais "pedras escritas" fomos, de carro, ver as tais gravuras na pedra, que terão certamente a sua história, mas a qual desconhecemos.

A recuperação foi em Campia onde aproveitámos para combinar eventuais actividades também de bicicleta.

Francisco Soares


24/12/2016

De Novo no GR28



No fim de semana passado, o Cardoso, o DJ e eu, decidimos recordar uma das etapa do GR28 que realizámos em 2014. 

A escolha recaiu sobre o troço entre Covelo do Paivô e Silveiras com retorno pelas Minas de Regoufe. 

Decidimos realizar esta etapa e não a que liga o Candal a Covelo de Paivô, com regresso ao Candal pelo Trilho dos Incas, por desconfiarmos que a passagem pelas poldras no Rio Paivô, nesta fase do ano, seja bastante complicada devido ao caudal e altura das águas do rio.

Como ajuda aproveitámos o 'track' que o DJ ainda tinha gravado no telemóvel e com algumas alterações, aqui e ali, fomos percorrendo o percurso com cerca de 14 km, duro quanto baste, pelas subidas longas e íngremes de grande parte do trajecto.

O tempo frio facilitou um pouco mas o percurso não deixou de ser exigente.

A parte mais desafiadora continuou a ser a descida pelo cascalho até às minas, onde as quedas  parecem sempre eminentes.

Depois foi percorrer aquele trilho que liga Regoufe a Covelo de Paivô, onde o lajeado do mesmo e a fantástica paisagem para as serras da Arada e da Freita o tornam magnífico.

Após concluirmos o percurso rumámos à inevitável povoação de Moldes para repor energias.

Este ano deve ter sido a última actividade do Espírito de Aventura, mas já estamos prontos para novas aventuras em 2017.

Francisco Soares


06/12/2016

Viseu - Rota do Dão...


No Domingo passado o DJ, o Cardoso, o Zé Figueiredo e eu (Francisco) partimos de Aveiro em direcção a Silgueiros, local de início do percurso identificado como PR 12 “Rota do Dão” de Viseu.

A ideia era conhecer novos trilhos, com paisagens e motivos de interesse diferentes daqueles a que estamos habituados.

Começámos na escola secundária de Silgueiros e, um pouco mais à frente, em Pindelo, uns habitantes locais ao verem-nos equipados para caminhar avisaram-nos que era dia de batida ao javali.

Continuámos e realmente, passado algum tempo, começamos a ouvir tiros, não muito longe. A mim e ao Cardoso fez-nos lembrar a travessia feita há alguns anos pela linha abandonada do Sabor. À data também nos aconteceu algo parecido mas com mais “emoção”. Na altura tivemos que caminhar, a descoberto, na direcção dos caçadores para sermos vistos, enquanto ouvíamos os batedores e as matilhas de cães que acossavam, do lado oposto, os javalis na nossa direcção.

Depois de passarmos a Quinta do Perdigão um letreiro, localizado numa bifurcação, indicava num dos  “caminho temporariamente indisponível”. No outro caminho lá estava o sinal vermelho/amarelo indicando o trilho certo.

Assim continuámos com a ideia de chegar ao Rio Dão, onde pelas descrições iríamos encontrar a aldeia medieval de Póvoa do Dão e bonitas paisagens. 

Verificámos contudo que nos estávamos a afastar do rio, pois já estávamos a subir embora continuássemos a respeitar a sinalização do percurso. 

Resolvemos não voltar atrás mas ficámos com a sensação que provavelmente o caminho correcto seria pelo trilho temporariamente indisponível. Talvez a batida ao javali fosse a causa da indisponibilidade.

Os caminhos são maioritariamente florestais ou de lavoura, sem grande dificuldade técnica ou grande exigência física. Completámos os cerca de 11 kms em 3 horas, incluindo diversas paragens.

Valeu pelo convívio e pelo almoço em Campia.

Francisco Soares



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08/11/2016

Serra da Freita - PR10 Rota dos Aromas



Neste Domingo passado, dia 6 de Outubro de 2016, eu e o DJ fomos percorrer o PR10 de Arouca, conhecido como "Rota dos Aromas".

Partindo de Vila Cova seguimos em direcção a Espiunca, percorrendo um pouco por estrada de alcatrão e depois por caminhos florestais, onde, devido à ausência de sinalização, tivemos algumas dificuldades em seguir pelo trilho correcto. 

Na verdade isto foi algo com que nos deparámos em muitos pontos do percurso, nos quais a decisão sobre o caminho a tomar se baseou no nosso sentido de orientação com uma ajuda inestimável da aplicação de telemóvel do DJ. Esta permitiu uma comparação do trajecto que efectuávamos, com o mapa oficial, tornando as decisões mais facilitadas.

Chegados a Espiunca, seguimos no sentido oposto ao dos Passadiços do Paiva. O rio, exuberante nesta altura do ano, encontrava-se um pouco lamacento o que nos surpreendeu pois já foi conhecido como um dos mais limpos da Europa. Provavelmente será consequência dos incêndios que por lá lavraram este Verão.

Caminhámos um pouco pela margem direita do Paiva até que o caminho se afastou na direcção de Serabigões. Na povoação, as bonitas casas de pedra em muito bom estado sugerem que terá havido recuperação, ou mesmo, construção recente mantendo a traça rústica própria desta serra, utilizando essencialmente o xisto.

De regresso a Vila Cova o caminho decorre por eucaliptais recentes, não sendo, por isso, muito interessante. Apenas algumas linhas de água e a presença de castanheiros carregados de castanhas, onde aproveitámos para colher e saborear algumas, quebraram a monotonia do percurso entre eucaliptos.

Percurso não muito exigente fisicamente,  apesar dos seus 11 km’s, onde os tais aromas que dão o nome ao trilho não se sentiram muito, talvez porque tenham sido anulados pelos eucaliptos. De qualquer forma acabou por seu um trilho agradável de percorrer.

O repasto foi em Moldes onde fomos muito bem recebidos, como de costume e viemos a saber que foi mesmo ao lado do café que o fugitivo de Arouca, há algumas semanas, sequestrou um casal para lhe roubar o carro.

Francisco Soares


02/11/2016

Serra da Freita - PR15 - Viagem à Pré-História


Eu, o Zé Figueiredo e o DJ fomos, neste passado Sábado, 29 de Outubro de 2016, recordar o PR15 na Serra da Freita.

Iniciámos o percurso no Parque de Campismo do Merujal encurtando um pouco o circuito. Evitámos a ida ao Merujal fazendo o percurso na direcção de Cabaços deixando Albergaria da Serra para o fim.

Assim, a partir do Parque de Campismo seguimos na direcção da Mizarela onde ficámos a saber, pela quantidade de paralelos no estradão, que o trilho irá ser pavimentado. Seguimos depois na direcção de Cabaços admirando, à passagem pelo Rio Caima, as famosas “Marmitas de Gigante”, bem cheias de água. 

Na passagem em Castanheira, passámos junto ao edifício do Centro Interpertrativo das Pedras Parideiras, encontrámos um lavrador local que tinha caçado uma toupeira das muitas que abundam pelos terrenos e destroiem as culturas. 

Da Castanheira seguimos na direcção das Antas de Monte Calvo onde aproveitámos para uma curta paragem e recuperar alguma energia. A temperatura, apesar de estarmos já no final de Outubro, parecia a de um dia de Verão, tal o calor que se fez sentir.

Caminhámos depois até à Mamoa da Portela da Anta encontrando, pelo caminho, algumas manadas de vacas que se alimentavam das poucas ervas frescas e verdejantes que começam a brotar, após os desastrosos incêndios do Verão passado.

Continuámos até ao Vidoeiro, onde cortamos à esquerda perto das casas que serviram de abrigo aos trabalhadores que instalaram o parque eólico. Algumas placas que indicavam o percurso arderam nos incêndios. Felizmente já conhecemos bem este trilho e lá seguimos para o local das Pedras Boroas da Junqueira.

Chegámos pouco depois à parte que considero mais bonita deste percurso, a nascente e depois as margens do Rio Caima. As margens do rio, compostas por rochas e com diversos moinhos, continuam a ser deslumbrantes.


Chegados a Albergaria da Serra atravessámos a povoação e seguimos na direcção do Parque de Campismo, onde recuperámos o carro e nos dirigimos à tasquinha da Mizarela para repor algumas das calorias perdidas.

No total percorremos mais de 15 kms desta maravilhosa serra.

Francisco Soares

05/10/2016

Serra do Gerês - Trilho da Cidade da Calcedónia


Aproveitando umas curtas férias fui acompanhado de grande parte do núcleo duro do grupo até à Serra do Gerês. 

Na companhia do Pina Jorge, Francisco, Cardoso, DJ, Pedro Borges e de um novo elemento, o Luís, decidimos percorrer o Trilho da Cidade da Calcedónia.

Rodeado das belas paisagens desta serra, o Cabeço da Calcedónia é um amontoado de rochas que surge no topo da serra, perto de Covide. 

No Domingo, após a concentração junto ao Parque de Campismo de Cerdeira, onde eu e o Pina Jorge já nos encontrávamos desde o dia anterior, seguimos até Covide para iniciarmos o percurso. 

Saindo da estrada principal o percurso segue sem grande desnível até à entrada de Campos, onde desvia junto a um grande espigueiro. Inicia depois uma subida ainda suave, por um largo estradão, na direcção dos cabeços que se vislumbram lá no alto. 

A saída do estradão marca o início da longa e, por vezes, penosa subida, por trilho de pé posto, que nos levou até junto do primeiro cabeço que se avistava no alto. 

Apesar de custar um bocado respirar e falar ao mesmo tempo a boa disposição nunca abandonou o grupo que, entre larachas e velhas histórias, seguiu divertido ao longo de toda a subida. 

Já no planalto o trilho circunda os diversos cabeços até iniciarmos a subida para a Fenda da Calcedónia. Sendo a primeira vez que abordávamos a dita fenda, desconhecíamos a sua real localização, pelo que a dúvida se instalou. 

Outro grupo, com alguém supostamente conhecedor da fenda, entrou pela mesma tendo nós seguido os seus passos. A entrada era duvidosa, mas após passar pela mesma, verificámos que realmente correspondia às fotos que já tínhamos visto do seu interior. Fomos trepando rocha após rocha, com muita lentidão porque o grupo que nos precedia era grande e lento na progressão. 

O pior foi que o líder do grupo não conseguiu ultrapassar o último obstáculo e com isso acabámos por ficar "presos" durante bastante tempo na fenda sem conseguir progredir. 

Decidimos retirar quando já outro grupo se preparava para entrar na mesma. Ficámos um bocado frustrados, mas haverá certamente novas oportunidades para realizar este percurso. 

Iniciámos, de seguida, a longa e acentuada descida para Covide. Esta parte acabou por massacrar os velhos joelhos, tornozelos e pés, mas nada que fizesse desmoralizar os caminheiros ou retirasse a beleza e o interesse deste percurso.

No final acabámos a compensar o esforço com algumas iguarias minhotas. 

Após o almoço eu e o Pina Jorge, que ficámos mais uma noite no Gerês, fomos percorrer parte da Geira Romana, uma antiga Via Romana, que decorre junto à albufeira de Vilarinho das Furnas. 

Um esforço suplementar que ajudou a digerir o almoço e que valeu pela beleza da paisagem e pelo património histórico que esta via encerra. 

Em suma, um bom fim-de-semana com bom tempo, bom convívio, boa camaradagem e com excelentes trilhos para caminhar. 

13/09/2016

Serra da Lousã - Rota dos Serranos


Tendo decidido ir até à Lousã tive como companheiros(as) a Carla, a Sílvia,  o DJ e o Tiago. Começámos a caminhada junto à praia fluvial, logo abaixo do castelo da Lousã.

A zona, muito propícia a fogos, dada a densidade de arvoredo e o solo cheio de resíduos facilmente inflamáveis, felizmente passou incólume ao desastre que assolou outras serras e consumiu imensa floresta.

O trajecto, que já tinha sido percorrido no ano passado, é curto mas bastante agradável. Passa pela central hidroeléctrica da Ermida a que se segue a subida mais rigorosa do percurso até à aldeia de Talasnal.

Na aldeia fizemos a inevitável visita ao "Retalhinho", onde um cafézinho e um pastel de castanhas nos confortaram o estômago. O cheiro a chanfana já de fazia sentir, mas o que estava previsto era almoçarmos no restaurante junto à praia fluvial.

Assim partimos em direcção a Casal Novo. Deixámos no Talasnal um grande grupo de jovens, pertencentes a uma associação, que começavam a preparar uma churrascada para o almoço.

Em Casal Novo tirámos a foto de grupo, parámos um pouco para descansar, e depois iniciámos então a descida para o Castelo. Pelo caminho passámos junto à Capela da Ermida.

No final tivemos uma má surpresa. O restaurante estava fechado para férias. Uns quantos telefonemas para o "Retalhinho" e lá fomos nós até ao Talasnal para comer a dita chanfana que tínhamos cheirado.

Depois da chanfana aproveitámos para conhecer melhor a aldeia, agora muito diferente da primeira vez que a visitei. Na altura só havia um bar “O Curral”, que nem sempre estava aberto, mas abria à pressa quando nos ouvia a percorrer as ruas.

Havemos de lá voltar para fazer outro percurso, mas só quando tivermos a certeza que “O Burgo” se encontra aberto.

Francisco Soares


29/08/2016

Trilho dos Moinhos - Sever do Vouga


Tendo lido uma notícia da Câmara de Sever do Vouga, publicada no Diário de Aveiro, sobre o sucesso em número de visitantes no percurso pedestre "Trilho dos Moinhos", decidimos percorrer o dito percurso.

O mesmo começa e acaba junto da Igreja de Paradela, local para onde nos dirigimos.

Os cerca de 9 Km’s que compõe o percurso, com excepção da zona dos moinhos da Ribeira de Carrazeda, pouco tem de interessante.

A fazer fé na dita notícia esperar-se-ia umas paisagens de estarrecer, o que, sinceramente, não nos pareceu.

Também não encontrámos nenhum moinho ainda activo, como consta da descrição oficial do percurso. No entanto, é possível que para se verem ser necessário sair do trilho para mais perto do curso de água. Talvez não o tenhamos feito no lugar certo.

Pelo menos serviu para conviver, fazer um pouco de desporto e para desanuviar um pouco do stress da semana.

24/08/2016

Serra da Estrela - Trilho das Grandes Lagoas


Partimos ainda no Sábado para a Serra da Estrela, tendo pernoitado na Pousada da Juventude, nas Penhas da Saúde. A intenção era poder começar a caminhada bem cedo por um percurso que nos parecia muito aliciante dado percorrer algumas da maiores lagoas da serra. 

O grupo foi formado por sete elementos, a Sara, a Sãozita, o Pina Jorge, o Amaral, o Tiago, o Zé Figueiredo e o Francisco.

Iniciámos a caminhada junto à Lagoa Comprida. O céu limpo e o tempo fresco tornaram a  caminhada muito agradável e a paisagem com vista para a lagoa tornaram o início do passeio espectacular.

Seguimos depois na direcção da barragem do Covão dos Conchos onde aproveitámos para usufruir da paisagem envolvente. Também apreciámos, o agora famoso buraco negro, um poço existente no meio da albufeira que recolhe a água, a partir de determinado nível, encaminhando-a para a Lagoa Comprida. A água corre através de um túnel com mais de 1500 metros de comprimento, construído em 1955.

Retomámos o caminho seguindo para o Vale do Rossim, passando pelo Vale do Conde onde atravessámos a linha de água, seguindo por um trilho bem assinalado. Pelo caminho pudemos observar a Fraga das Penhas Douradas e apreciar a vista deslumbrante para Oeste, podendo ver a Serra do Caramulo.
Nesta fase do dia o calor fazia-se sentir.

A descida até à barragem do Vale do Rossim fez-nos recordar a actividade Guarda – Loriga em autonomia que realizámos em 2014. 

No Vale do Rossim uma pequena paragem para ver as praias fluviais, plenas de pessoas a usufruir das águas frescas da lagoa.

Partimos por um trilho de pedra solta, na direcção do Lagoacho. Este trilho massacrou-nos os pés.

Contornámos a albufeira em busca de um trilho que deveria subir por uma linha de água. Não o tendo encontrado houve que tomar decisões. Apontámos na direcção da Lagoa Seca, subindo a encosta.  

A subida revelou-se bastante difícil em virtude de muitas vezes termos de abrir caminho pela vegetação e outras progredir, quase em escalada, pelas rochas que íamos trepando para evitar o mato.

Depois de uma subida bastante dura pois, para além do esforço e do calor que se fazia sentir, a água começou também a ser escassa.

Finalmente lá chegámos ao cume, onde já se pode avistar a Lagoa Comprida.

Seguimos para a Lagoa Comprida pelo caminho que liga esta lagoa à lagoa do Covão do Forno. Pelo caminho desaconselhámos três casais de jovens estrangeiros que, sem equipamento de montanha nem água suficiente, pretendiam fazer o trilho às 18 horas da tarde.

Já na Lagoa Comprida acabámos por comer umas tapas e beber muitas cervejas, enquanto ouvíamos os doutos conselhos do proprietário do bar sobre trilhos na Serra da Estrela. Não nos convenceu muito!

Actividade complicada e mal descrita, no sítio de onde recolhemos a informação, mas que acabou por ser um excelente teste à capacidade física e ao espírito de grupo de todos os elementos que fazem parte deste grupo. Sinto-me orgulhoso!


Francisco Soares