Depois de termos feito a primeira parte da Linha do Sabor estávamos em pulgas para lá voltar e acabar os quilómetros em falta. Infelizmente, o longo Inverno chuvoso que passámos obrigou-nos a adiar essa pretensão.
Hoje eu, Calé, na companhia do Francisco e do Cardoso, lá partimos para a conclusão desta aventura.
Chegámos bem cedo a Vila Nova de Foz Côa e partimos depois para Lagoaça, local onde acabámos a 1ª parte da travessia da Linha do Sabor.
Após mais uma visita à antiga estação iniciámos o percurso pelo antigo leito da via. Não muito depois começaram as dificuldades já nossas conhecidas. O leito está cheio de balastro e o mato, por vezes, impede a passagem pelo mesmo. Recorrendo, em certas alturas, a trilhos que acompanham a via, ou seguindo pelo meio do mato, lá fomos andando até ao apeadeiro de Fornos-Sabor.
Depois continuámos na direcção da estação de Freixo de Espada à Cinta pela parte mais complicada desta etapa. Zonas alagadas, principalmente quando a linha decorria entre taludes, zonas de mato denso, nem sempre com alternativas de passagem. Mas lá fomos conseguindo andar e ultrapassar os obstáculos até chegarmos à estação. Mais um exemplar em completa ruína.
Aproveitámos para comer qualquer coisa junto à estação e também descansámos um pouco. O frio da manhã tinha dado lugar a um dia quente com um Sol a queimar-nos as carecas.
Continuámos caminho na direcção de Carviçais. A via aproxima-se agora da estrada e caminhamos com esta quase sempre à vista. Na passagem em Macieirinha nem vestígio do seu apeadeiro. Pensamos que deve ter sido demolido algures no tempo.
O caminho, após a saída da estação de Freixo de Espada à Cinta, mantém as características já conhecidas, balastro e mato que, por vezes, obriga a sair da via. Depois começa a estar mais limpo, permitindo uma passada mais forte até que, já perto de Carviçais, se entra na Ciclovia. Esta parte torna-se logo menos interessante, mas, pelo menos, é em terra batida e não em betuminoso. Vale-nos ao menos isso.
A estação de Carviçais é um bonito exemplar, mantendo-se ainda o depósito da água e o aparelho que servia para fornecer água às locomotivas a vapor. Infelizmente também esta estrutura ferroviária se encontra em decadência.
Já após a passagem na estação e a caminho do carro deparámo-nos com uma pequena víbora que passava pela ciclovia. Bonito espécime.
Amanhã contamos acabar a travessia pela Linha do Sabor com a etapa Carviçais - Pocinho.
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