Serra da Arada - De Regoufe a Drave

06/10/2012

Entre Urrós e Vilar de Rei - Linha do Sabor


Mais uma etapa pela Linha do Sabor.

Percorremos hoje mais uns quilómetros desta linha entre Urrós e Vilar de Rei.

Na fase inicial, logo junto à estação de Urrós, a via desaparece e tivemos que improvisar. Acabámos por perceber que a antiga via passava sob o actual IC5 e após a passagem do túnel sob a estrada percebemos que estávamos no caminho certo.

A via hoje já se encontra suficientemente limpa de mato para se poder caminhar à vontade. O percurso decorre quase todo em zonas afastadas da civilização, por entre campos lavrados. Por vezes lá temos que saltar vedações de arame farpado e muros. Vacas e ovelhas são pontualmente a nossa companhia.

A chegada a Variz foi aproveitada para descansar e "almoçar".

Saímos na direcção do Mogadouro, contornando uma serra. Uma carrinha atravessada na via com um caçador armado em cima deixou-nos alerta. Fomos avisados para termos cuidado porque decorria uma montaria ao javali. Aconselhados pelo mesmo seguimos ainda umas dezenas de metros pela via até se ouvir, já perto, os batedores e os cães.

Decidimos abandonar a via e passar a campo aberto na direcção de outros caçadores. Nada como nos verem para não nos confundirem com um javali. Contornámos os caçadores e voltámos à linha junto ao último caçador da montaria. Confirmámos que daí em diante estávamos seguros e seguimos o caminho. Pouco depois os tiros soavam uns atrás dos outros.

Passámos sobre o IC5 e sobre a estrada antiga e entrámos na estação do Mogadouro. Parecia um filme do farwest, tal o estado de abandono do local. Tudo em ruína e abandonado, incluindo uns enormes silos de cereais que se encontram junto da estação. Que tristeza ver este abandono e degradação.

A via desaparece logo após a estação. Tivemos que atravessar um campo lavrado, onde em tempos foi via-férrea e depois quando a esta aparece está cheia de mato.

Até Vilar de Rei pouco caminhámos pelo leito da via e entrámos na aldeia pela estrada. A antiga estação está degradada, para não variar, e encontra-se quase tomada por alguém. A via volta a desaparecer logo após a estação. Apanhámos o carro junto a uma antiga passagem de nível e graças à boa vontade de um popular ainda pudémos visitar a igreja local datada do século XVII.

Amanhã partimos deste ponto até Lagoaça.


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